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Concorrentes em São Paulo são ''''gatos gordos'''', diz presidente da Oi

Por Florianópolis
Atualização:

Dias depois de obter uma licença para operar no Estado de São Paulo, o presidente da Oi (ex-Telemar), Luiz Eduardo Falco, disse que vai ser "molezinha" operar no maior mercado do País, onde Vivo, TIM e Claro disputam clientes. "São Paulo está molezinha, tem três gatos gordos", disse ontem o executivo, que participou do evento Futurecom. Falco prometeu mexer com o mercado paulista. "Vamos desbloquear todos os celulares de São Paulo." Questionado sobre como a empresa se posicionará neste novo mercado, ele afirmou que a entrada da Oi em São Paulo faz parte da estratégia desenhada para a terceira geração (3G) de telefonia celular. Mas disse que "ninguém entra em São Paulo só para fazer roaming", o que indica uma investida mais agressiva. Também presente ao evento, o presidente da Vivo, Roberto Lima, foi indagado sobre o que esperava com a entrada da Oi em seu mercado mais rentável. Em uma alusão ao comentário de Falco, Lima brincou que poderia "até não ser gato", mas que "gordo também não era". Na seqüência, ele falou que pode propor à concorrente o compartilhamento de infra-estrutura, já que tem força em São Paulo e a Oi, no Nordeste, área que a Vivo acabou de conquistar no leilão de sobras de freqüências do Serviço Móvel Pessoal (SMP). "O mercado de São Paulo é muito grande e ainda há muito espaço para cobrir, assim como em Minas Gerais (região onde a Vivo acabou de entrar com a aquisição da Telemig Celular)." BANDA LARGA Para antecipar a instalação da infra-estrutura para transmissão de dados, Falco pediu isenção de impostos por um prazo de dois a três anos. Segundo ele, a Abrafix (associação que representa as concessionárias fixas) enviou há cerca de três semanas uma proposta de desoneração tributária ao Ministério das Comunicações e à Casa Civil. Falco argumentou que não há razão de se cobrar tributos por uma rede que, "na prática, ainda não existe". O presidente da Oi disse que o governo tem sido receptivo ao pedido das telefônicas. "Uma carga tributária alta diminui a velocidade de implantação da rede", disse, reforçando que o governo tem expressado reiteradas vezes seu interesse em universalizar a banda larga. "Talvez seja mais interessante, depois de dois, três anos, cobrar os impostos sobre uma base maior", disse.

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