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Confiança da indústria recua 1,5% em dezembro, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira caiu 1,5 por cento em dezembro sobre novembro, após dois meses de alta, numa indicação de que o setor encerrou 2014 ainda patinando. O indicador foi a 84,3 pontos neste mês, ante 85,6 pontos em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Em novembro, o indicador havia subido 3,6 por cento na comparação mensal, segundo resultado positivo do ano. Na prévia de dezembro, o indicador de confiança da indústria havia recuado 0,8 por cento. "Após dois meses em alta, a evolução do ICI em dezembro pode ser interpretada como um movimento de acomodação", disse em nota a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos. "Os sinais em relação aos próximos meses, no entanto, continuam dúbios, combinando pessimismo em relação à produção e ao emprego no curtíssimo prazo e ligeira melhora das perspectivas no horizonte de seis meses", acrescentou. O responsável pelo resultado de dezembro do ICI foi o Índice da Situação Atual (ISA), que caiu 2,2 por cento, a 84 pontos. O indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda exerceu a maior influência na queda do ISA em dezembro, disse a FGV. O indicador recuou 6,1 por cento entre novembro e dezembro, ao passar a 76,5 pontos, revertendo boa parte da alta de 10,7 por cento registrada no mês anterior. A proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte diminuiu de 8,8 por cento para 7,6 por cento, enquanto a parcela de empresas que o avaliam como fraco aumentou, de 27,3 por cento para 31,1 por cento. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 por cento no período, para 84,6 pontos. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada diminuiu 1,4 ponto percentual, para 81,3 por cento em dezembro, menor patamar desde agosto de 2009 (81,2 por cento). A indústria tem mostrando dificuldade para mostrar recuperação mais consistente neste ano. A produção industrial brasileira ficou estagnada em outubro, último dado disponibilizado pelo IBGE, pior do que o esperado e iniciando o último trimestre do ano sem força, com mau desempenho em todas as categorias, sobretudo na de bens de consumo.

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Por Redação
Atualização:

(Por Juliana Schincariol; Edição de Patrícia Duarte)

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