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Confiança da indústria sobe 0,5% em março, aponta FGV

Apesar do avanço das expectativas, o índice continua abaixo da média dos últimos cinco anos

Por Fabrício de Castro , Wladimir D'Andrade e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou alta de 0,5% em março, após subir 0,2% em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em uma escala até 200 pontos, o ICI subiu de 102,5 pontos para 103,0 pontos de fevereiro para março. Mas a pontuação maior não impediu que, com o resultado de março, o índice continue abaixo da média dos últimos cinco anos, de 106,3 pontos.

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O avanço na confiança do empresário foi influenciado pela expectativa mais favorável em relação aos próximos meses. Entre os dois componentes do ICI, o Índice de Expectativas (IE) cresceu 1,0%, para 102,3 pontos, o maior resultado desde julho de 2011, quando marcou 102,6. Por sua vez, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou apenas 0,2%, para 103,8 pontos, mas ainda assim é o maior dos últimos oito meses (107,4). De acordo com a FGV, a combinação de resultados sinaliza que a atividade industrial segue em recuperação lenta.

Para o cálculo do índice, foram consultadas 1.214 empresas, responsáveis por vendas de R$ 715,0 bilhões em 2010. A pesquisa foi feita entre os dias 5 e 27 deste mês.

Uso da capacidade 

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria da transformação, com ajuste sazonal, aumentou para 83,8% em março, 0,1 ponto porcentual acima do resultado de fevereiro (83,7%), informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado de março é igual ao sinalizado pela prévia do Nuci, anunciado na semana passada pela instituição. O número também é idêntico à média dos últimos cinco anos.

Com o resultado do Nuci registrado em março, a média do primeiro trimestre do ano ficou em 83,7%, acima da média do quarto trimestre de 2011. No entanto, está abaixo da média dos três trimestres anteriores. Na série sem ajuste sazonal, o Nuci subiu de 82,9% em fevereiro para 83,0% em março.

ICI

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Sete segmentos apresentaram evolução no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em março na comparação com fevereiro deste ano, enquanto cinco registram queda e dois se mantiveram no mesmo patamar, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Na sondagem referente ao mês passado, dez segmentos haviam registrado alta na confiança ante janeiro; dois tiveram queda e dois mantiveram estabilidade.

O economista do Ibre Silvio Sales destacou que, embora o número de segmentos que registraram alta do ICI tenha caído em março na comparação com fevereiro, ainda assim o indicador geral da indústria de transformação acabou registrando alta de 0,5% no período. "Isso indica que a cautela do empresário aumentou, mas os setores com maior peso mantiveram o ICI em alta", afirmou.

De fevereiro para março, apresentaram queda no ICI os setores de minerais não metálicos (de 113,1 pontos para 108,4); material elétrico e de comunicações (117,7 para 117,1); material de transporte (104,2 para 100,7); têxtil (97,5 para 88,3) e outros produtos (107,5 para 105,9 pontos). Indústria química (93 para 93,3 pontos) e produtos de matérias plásticas (107,9 para 108) permaneceram no patamar da estabilidade.

Apresentaram aumento no ICI os setores de metalúrgica (94,5 em fevereiro para 95,9 pontos em março); mecânica (101,8 para 103,2); mobiliário (106,4 para 115,1); celulose, papel e papelão (97,1 para 98,5); produtos farmacêuticos e veterinários (112,5 para 119,6); vestuário e calçados (105,2 para 107,4); e produtos alimentares (111,8 para 113,7 pontos).

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