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Confiança da indústria tem leve alta e ICEI atinge 58,6 pontos

Alta do índice em março foi puxada pela elevação de 0,7 ponto nas expectativas dos industriais sobre o comportamento da economia e das empresas nos próximos seis meses

Por Ayr Aliski
Atualização:

BRASÍLIA - O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou a marca de 58,6 pontos em março. O resultado, divulgado nesta terça-feira, 20, representa um aumento de apenas 0,4 ponto em relação a fevereiro, quando o ICEI marcou 58,2 pontos. Ainda assim, o índice está 1,6 ponto abaixo do registrado em março do ano passado, quando alcançou 60,2 pontos. O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 mostram confiança e abaixo de 50, pessimismo.

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O ICEI é formado por quatro componentes: avaliação das condições atuais da economia e da empresa e expectativas para os próximos seis meses sobre a economia e sobre a empresa. Ou seja, o índice mede a percepção dos empresários sobre a situação da empresa e da economia. A média histórica do ICEI é de 60 pontos. Para o cálculo do índice foram realizadas entrevistas com 2.304 empresas entre os dias 1º e 14 de março, das quais 829 de pequeno porte, 880 médias e 595 de grande porte.

Conforme explica a CNI, a leve alta do índice em março foi puxada pela elevação de 0,7 ponto nas expectativas dos industriais sobre o comportamento da economia e das empresas nos próximos seis meses. Este indicador saiu de 62,7 pontos em fevereiro para 63,4 pontos em março. Já o indicador das condições atuais em relação à empresa e à economia brasileira ficou em 49 pontos em março, ante 49,4 pontos, em fevereiro (ou seja, abaixo da linha divisória de 50 pontos, mantendo este indicador na categoria do "pessimismo").

Segundo explica o economista da CNI Marcelo de Ávila, o pessimismo dos empresários sobre o atual cenário econômico e das empresas é uma percepção gerada pela queda da produção industrial nos primeiros meses do ano. "No entanto, os empresários estão otimistas sobre o futuro devido às medidas adotadas pelo governo para controlar a valorização cambial, como a aceleração da queda da taxa de juros, cujos efeitos positivos devem ser sentidos nos próximos meses", afirma Ávila, justificando o motivo de haver boas percepções em relação ao próximo semestre.

Por ramo de atividade, a indústria da construção registrou um ICEI de 61,7 pontos em março (ante 61,4 pontos, em fevereiro); a indústria extrativa registrou 60,2 pontos (frente 62,9 pontos, no mês anterior); e a indústria da transformação marcou 57,6 pontos (ante 57,3 pontos, no mês passado).

Por região, o maior otimismo está no Nordeste, onde os empresários apontaram ICEI de 62,9 pontos em março, ante 61,7 pontos em fevereiro. No segundo lugar em otimismo ficou a região Norte, onde foi apurado ICEI de 59,7 pontos em março, ante 59,8 pontos, em fevereiro. No Centro-Oeste, o ICEI de março foi de 59,1 pontos, contra 60,2 pontos, no mês anterior. No Sul, o ICEI de março ficou em 56,8 pontos, ante 57,5, em fevereiro. No Sudeste, o ICEI deste mês alcançou 56,4 pontos, contra 55,8 pontos, no mês passado.

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