Publicidade

Confiança de serviços é a menor desde 1999

Pesquisas da Fundação Getulio Vargas mostram piora no humor dos empresários de serviços e do comércio

Por Idiana Tomazelli e RIO
Atualização:

A confiança dos empresários de comércio e serviços segue ladeira abaixo, apesar da expectativa de analistas de que a economia terá um desempenho um pouco melhor no segundo semestre.Em agosto, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 3,1% na comparação com julho, para o menor nível desde abril de 2009. Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 7,3% na média do trimestre até agosto em relação a igual período do ano passado.Os resultados, divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), frustraram a recuperação da confiança esperada para este mês, com o fim das paralisações em função da Copa do Mundo. A percepção sobre a demanda, apesar de ter melhorado na comparação com julho, continua em patamar desfavorável.No caso dos serviços, a oitava queda seguida do indicador foi puxada pela moderação nas expectativas dos empresários. "Prevaleceu nas empresas o sentimento de que a demanda está muito morna", afirmou o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. "Isso reforça sinais de uma economia cada vez mais moderada, num ritmo de crescimento muito vagaroso nos próximos meses."Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,8%, um ajuste moderado após a perda de confiança por causa dos feriados da Copa do Mundo e muito influenciado pela alta em serviços prestados às famílias. Já o Índice de Expectativas (IE-S) afundou 5,7%, queda disseminada entre os segmentos.Os sinais não são nada favoráveis em termos de mercado de trabalho. Segundo a FGV, 14,7% das empresas declararam em agosto intenção de contratar, a menor fatia de toda a série histórica, iniciada em junho de 2008.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.