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Confiança do consumidor cai 1,3% em fevereiro, diz FGV

Fundação esclarece que houve piora tanto das avaliações a respeito da situação presente quanto das previsões em relação aos próximos meses

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,3% em fevereiro ante janeiro, segundo informou nesta segunda-feira, 26, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do registrado em janeiro ante dezembro, quando o indicador registrou alta de 0,6%. Em fevereiro do ano passado, o ICC caiu 2,1%. O resultado de fevereiro é o mais baixo em nove meses. Em comunicado, a FGV esclarece que "houve piora tanto das avaliações a respeito da situação presente quanto das previsões em relação aos próximos meses". O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual, que caiu 2,2% em fevereiro, ante queda de 0,7% em janeiro; e o Índice de Expectativas, que teve taxa negativa de 1% em fevereiro, ante alta de 1,5% em janeiro. De acordo com a FGV, entre os quesitos relacionados ao presente, o porcentual de consumidores que avaliam a situação econômica de sua cidade como boa diminuiu de 10,6% para 8,4%, de janeiro para fevereiro. No mesmo período, a fatia dos pesquisados que consideram ruim a situação econômica de sua cidade ficou praticamente estável, ao passar de 43,2% para 43% no período. Nos quesitos relacionados ao futuro, houve redução, de 34,8% para 31,9%, no porcentual de entrevistados que prevêem melhora na situação econômica local, de janeiro para fevereiro. No mesmo período, houve diminuição, de 8,5% para 8,1%, no porcentual dos pesquisados que prevêem piora. "Entre os quesitos integrantes do índice, este foi o que mais contribuiu para a queda do ICC neste mês", acrescentou a fundação, em comunicado. Confiança sempre piora em fevereiro De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, a confiança do consumidor em fevereiro foi influenciada por fatores sazonais. Ele considerou que, no segundo mês do ano, o humor do consumidor costuma registrar queda, devido ao número de contas para pagar características dessa época do ano (como IPTU, IPVA) e aumentos nas mensalidades escolares. Na avaliação do economista, é o momento em que o consumidor põe de lado a euforia de janeiro, mês contaminado pelo otimismo das expectativas e esperanças que sempre acompanham o início de um ano. "Em fevereiro, normalmente, a tendência é uma ´esfriada´ na confiança do consumidor", afirmou, acrescentando que, em fevereiro do ano passado, a queda no ICC foi mais forte: -2,1%. Entretanto, o economista admitiu que outros fatores não sazonais também contribuíram para a derrubada do humor do consumidor em fevereiro. Segundo ele, os entrevistados demonstraram que não estão satisfeitos com o lento crescimento econômico, e também não notam melhoras significativas nas vidas econômica e financeira de suas famílias, e de suas cidades. Pesquisa Essa é a décima sétima edição do indicador, calculado com base nos resultados da pesquisa "Sondagem das Expectativas do Consumidor", apurada desde outubro de 2002. O índice é composto por cinco quesitos da sondagem. O levantamento abrange amostra de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de janeiro a 16 de fevereiro.

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