Publicidade

Confiança do consumidor cai ao menor nível desde maio de 2009

Segundo a FGV, a confiança do consumidor caiu 4,1% em julho e reflete a insatisfação com a situação econômica atual

Por Sabrina Valle e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A confiança do consumidor caiu 4,1% em julho ante junho, para 108,3 pontos, o menor nível desde maio de 2009 (103,6 pontos). É o que revelou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), na série com ajuste sazonal. "O consumidor demonstra insatisfação com a presente situação econômica", informou a FGV, em nota oficial. O desempenho do indicador é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos. Quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor. 

PUBLICIDADE

O ICC é dividido em dois indicadores - o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativa (IE). O ISA baixou 9,7%, para 109,2 pontos, o menor desde maio de 2009 (103,0) e bem inferior à média histórica de 127,6 pontos. 

As expectativas em relação aos meses seguintes também pioraram, de forma menos intensa. O IE fechou em baixa de 1,6%, para 106,7 pontos, nível ligeiramente inferior à média de 108,0 pontos, informou a FGV. "A principal influência na queda do ICC foi o quesito que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação econômica presente: o indicador do quesito despencou 18,2% em julho, ao passar de 82,9 para 67,8 pontos, o nível mais baixo desde maio de 2009 (65,3)".

Entre junho e julho, a proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa diminuiu de 17,9% para 14,9%, enquanto a dos que a julgam ruim saltou de 35,0% para 47,1%, informou a FGV. 

A fundação informou ainda que, com relação aos seis meses seguintes, a piora foi mais acentuada no indicador que mede as expectativas em relação à situação econômica geral, que recuou 4,4%, ao passar de 108,2 para 103,4 pontos, o menor desde outubro de 2011 (98,7). A parcela de consumidores projetando melhora da situação econômica diminuiu de 29,3% para 27,9%; a dos que preveem piora aumentou de 21,1% para 24,5%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.