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Confiança do consumidor cai em dezembro, segundo CNI

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O nível de confiança do consumidor brasileiro caiu 1,6% em dezembro na comparação com novembro, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). É a segunda queda consecutiva do índice. Para o gerente da Unidade de Pesquisa da entidade, Renato Fonseca, a redução ocorreu, sobretudo, devido a uma expectativa maior de crescimento da inflação e do desemprego.O indicador de expectativa de evolução da inflação nos próximos seis meses recuou 7,1% na comparação com novembro e acumula queda de 15% em apenas dois meses. Com o recuo, o índice situa-se 5% abaixo de sua média histórica, o que denota que a preocupação dos consumidores com a evolução da inflação é maior que a usual.Fonseca explicou que, pela metodologia do Inec, que será alterada em janeiro para facilitar o entendimento, quando o indicador de expectativa de inflação recua, significa que o porcentual dos que estão preocupados com a inflação aumentou.O otimismo em relação ao desemprego também se reduziu, segundo o levantamento feito entre os dias 4 e 7 de dezembro. O índice de expectativa de evolução do desemprego nos próximos seis meses recuou 8,2% na comparação com novembro e 9,6% no confronto com outubro. "Apesar do recuo, o índice permanece acima de sua média histórica, o que significa que suas perspectivas ainda são favoráveis", informa nota da entidade.Intenção de comprasA CNI informou hoje que, apesar da queda de 1,6% no Inec em dezembro na comparação com novembro, a população está mais otimista em relação ao aumento da renda pessoal e mantém as expectativas de compras de bens de maior valor. Segundo a entidade, a expectativa de evolução da própria renda cresceu nos últimos dois meses.A pesquisa mostra que o nível de endividamento manteve-se constante, mas o indicador encontra-se 2,2% acima do registrado em dezembro de 2009. "As intenções de compras de bens de maior valor mantiveram-se praticamente estáveis pelo terceiro mês consecutivo, ainda que o indicador esteja 1,7% abaixo do registrado em igual período de 2009", afirmam os técnicos da CNI, em nota.

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