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Confiança do consumidor dos EUA melhora em agosto

Por CAROLINE VALETKEVITCH
Atualização:

A confiança do consumidor dos Estados Unidos aumentou em agosto, enquanto os preços de moradias no país subiram mais que o esperado em junho, dando um certo alívio aos preocupados com a desaceleração da retomada econômica. Outro relatório divulgado nesta terça-feira, porém, mostrou que a atividade empresarial no Meio-Oeste norte-americano diminuiu em agosto, ficando pouco abaixo do ritmo esperado por economistas. O Conference Board informou que o índice de confiança do consumidor subiu para 53,5 em agosto, ante a leitura revisada de 51,0 em julho. A mediana das previsões de analistas ouvidos pela Reuters projetava uma leitura de 50,5. As estimativas variavam entre 47,5 e 55,0. A melhora do humor tranquilizou os investidores após os relatórios econômicos fracos das últimas semanas. O desemprego elevado e o gasto reduzido do consumidor são considerados os maiores obstáculos à recuperação. "Essa pequena melhora é encorajadora. Ela sugere que embora os consumidores continuem com um humor de ver o copo meio vazio, a confiança não está piorando", disse Zach Pandl, economista da Nomura Securities International em Nova York. "Nós imaginamos se esse nível de confiança vai se sustentar se o mercado de trabalho deteriorar como nós suspeitamos", disse ele. O relatório do governo dos EUA sobre emprego será divulgado na sexta-feira. De acordo com uma pesquisa da Reuters, os economistas esperam um corte de 100 mil vagas em agosto e um leve aumento da taxa de desemprego, para 9,6 por cento. PREÇOS DE MORADIAS DESACELERAM Também entre as notícias econômicas mais positivas do dia, o índice composto S&P/Case Shiller dos preços de moradias de 20 áreas metropolitanas norte-americanas subiu 0,3 por cento em junho com ajustes sazonais na comparação mensal. A alta foi maior que o acréscimo de 0,2 por cento esperado por economistas consultados pela Reuters, ainda que seja menor que a alta de 0,5 por cento registrada em maio. No entanto, o ganho dos preços reflete o impulso remanescente do crédito tributário encerrado em abril, e economistas concordam que o incentivo governamental surtiu efeito. Eles dizem que os preços de moradias terão dificuldade em esses ganhos, com o desemprego ainda perto de 10 por cento. Os dados desta terça-feira ainda mostraram que a medida de atividade empresarial do Instituto de Gestão de Fornecimento de Chicago caiu para 56,7 em agosto. A leitura de julho foi de 62,3, e economistas previam uma queda para 57 em agosto. O componente de emprego caiu de 56,6 para 55,5. As novas encomendas declinaram para de 64,6 para 55,0. Uma leitura acima de 50 indica expansão na economia regional. (Reportagem adicional de Lynn Adler, Ann Saphir, John Parry, Rodrigo Campos e Wanfeng Zhou)

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