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Confiança do consumidor é a maior em 10 anos, aponta Fecomercio

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de janeiro subiu para 145,7, de acordo com informações divulgadas hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a nota à imprensa, divulgada pelas instituições, o resultado deste mês é o maior da série, que teve início em 1994. O ICC de janeiro é superior ao de novembro (145,6), o mais elevado até então e também está bem acima do resultado obtido em dezembro, quando registrou variação de 141,0. O indicador varia de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima deste patamar e é apurado mensalmente pela Fecomercio na região metropolitana de São Paulo para medir o otimismo dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação do País no médio prazo. O índice é um dos pontos avaliados pela diretoria do Banco Central para conduzir a política monetária do País. A alta do indicador em relação a dezembro passado, de 3,3%, foi puxada, de acordo com os assessores econômicos da Fecomercio, pela melhoria da confiança entre as pessoas com renda inferior a 10 salários mínimos. Nesta categoria, segundo os dados, a variação positiva foi de 5,9% e o índice entre esses consumidores chegou a 137,3 pontos, ante 129,6 pontos registrados em dezembro. Efeitos sazonais Os economistas da Fecomercio consideram essa elevação da confiança "sazonal" - influenciada por efeitos temporais -, mas salientaram que também está diretamente ligada à melhoria de indicadores de emprego e renda observada no fim de 2004. "A abertura de vagas temporárias no fim de ano colabora para o resultado, tendo em vista que, com a recuperação da economia, existe sempre a possibilidade da contratação efetiva. E, nesse aspecto, são as pessoas de menor poder aquisitivo as mais beneficiadas por essas oportunidades de emprego. Os economistas lembraram ainda que o recebimento da segunda parcela do 13º salário também influenciou positivamente o humor do consumidor nesta época do ano. Os dados da Fecomercio revelam ainda que, embora o ICC tenha crescido entre as pessoas com ganhos inferiores a 10 salários em janeiro, o índice de confiança continua a ser maior entre as pessoas com renda superior a 10 mínimos. Entre esses consumidores, o indicador aponta 161,4 pontos, mesmo depois da queda de 1,2% em janeiro. "Essa pequena variação negativa está relacionada ao aumento dos gastos típicos de início de ano, que incidem mais sobre as pessoas de melhor poder aquisitivo, como gastos com IPVA, IPTU, matrículas e mensalidades escolares", explicaram os analistas.

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