27 de junho de 2011 | 08h23
Após três quedas consecutivas, a confiança do consumidor voltou a subir em junho. É o que revelou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou alta de 2,3% em junho ante maio, após cair 2,4% em maio ante abril.
Com o resultado, o desempenho do ICC, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 115,4 pontos para 118,0 pontos de maio para junho.
Em junho, o índice recuperou parte da perda de confiança nos meses anteriores, influenciado principalmente pela moderação do pessimismo em relação aos meses seguintes. Porém, ao analisar o indicador de média móvel trimestral, a confiança manteve tendência de queda pelo quinto mês consecutivo, de acordo com a FGV.
A fundação informou os resultados dos dois subindicadores componentes do ICC. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou alta de 1,0% em junho após registrar queda de 2,4% em maio. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2% em junho em comparação com a taxa negativa de 2,4% em maio.
Ainda segundo a fundação, o ICC caiu 1,1% em junho deste ano ante igual mês no ano passado, queda mais fraca do que a apresentada em maio (-1,2%) pelo indicador, no mesmo tipo de comparação.
Satisfação
A satisfação do consumidor em relação a sua situação financeira atingiu em junho patamar recorde, e alcançou o melhor nível desde setembro de 2005. Ao mesmo tempo, o brasileiro melhorou sua confiança em relação à trajetória da economia nos próximos meses.
Segundo a FGV, a fatia de consumidores entrevistados para cálculo do ICC que consideram a situação atual de suas finanças familiares como boa aumentou de 27,2% para 30,4% de maio para junho; já a dos a julgam ruim diminuiu de 10,1% para 10,0%, no mesmo período. Este foi o melhor desempenho para este tópico desde o início do ICC, em setembro de 2005.
Já as expectativas em relação à situação da economia nos próximos meses melhoraram em junho contra maio - sendo que, no mês passado, este tópico apresentou o pior resultado desde março de 2009. Este tópico foi o que mais contribuiu para a alta do ICC em junho.
A FGV informou que a parcela de consumidores entrevistados que preveem melhora subiu de 21,4% para 25,5% de maio para junho; já a dos que esperam piora diminuiu de 21,6% para 19,4%, no período. O universo de pesquisados do ICC abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, pesquisados entre os dias 1º e 20 junho.
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