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Confiança do consumidor sobe em dezembro após duas quedas

Boa avaliação para a situação financeira familiar foi um dos fatores que levaram à alta no último mês do ano

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

Após dois meses consecutivos em queda acentuada, a confiança do consumidor parou de cair no último mês do ano. É o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de dezembro, que subiu 0,5% na comparação com mês passado, após registrar queda de 4,2% em novembro ante outubro; e recuo de 11,7% em outubro ante setembro, segundo informou nesta segunda-feira, 22, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a FGV, as avaliações sobre a situação presente melhoraram em comparação com o cenário de novembro, seguindo o "comportamento sazonal desta época do ano".   A boa avaliação para a situação financeira familiar foi um dos fatores que levaram à alta em dezembro ante novembro. Segundo a instituição, a parcela dos consumidores entrevistados para cálculo do índice que avaliam a situação financeira da família como boa subiu de 17,0% para 21,1%, de novembro para dezembro enquanto a dos que a julgam ruim caiu 16,1% para 13,2% do total. Veja também: Crise breca crescimento da classe média no País  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Na comparação com igual mês do ano passado, porém, o ICC continua em trajetória de queda, com recuo de 19% em dezembro deste ano. No mês passado, o ICC apresentou queda de 15,2% no mesmo tipo de comparação. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 96,9 pontos em novembro para 97,4 pontos em dezembro. Pessimismo O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou aumento de 6,8% em dezembro após cair 5,7% em novembro, e o Índice de Expectativas (IE), que apurou queda de 2,8% esse mês após apresentar taxa negativa de 3,3% em novembro. No caso do ISA, em termos de pontuação, o índice passou de 98,1 pontos em novembro para 104,8 pontos em dezembro. Já o IE caiu de 96,2 pontos para 93,5 pontos de novembro para dezembro - menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005. A FGV informou que a piora das expectativas em relação à situação econômica local nos próximos meses foi o principal fator a influenciar a queda do Índice de Expectativas. A parcela dos consumidores pesquisados que prevêem melhora diminuiu de 21,1% para 18,3% de novembro a dezembro. Já o porcentual de entrevistados que projetam piora aumentou de 32,3% para 36,3%, no mesmo período. Ainda segundo a fundação, na comparação com dezembro do ano passado, os dois índices componentes do ICC também apresentaram quedas, de 13,9% para o indicador de situação atual; e de 21,9% para o de expectativas. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de novembro e 18 de dezembro. O índice é composto por cinco quesitos da "Sondagem das Expectativas do Consumidor", apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal).

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