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Confiança do empresário cai 0,6 ponto em maio

Essa foi a quarta queda consecutiva do indicador calculado pela Confederação Nacional da Indústria

Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) teve queda de 0,6 pontos em maio, ficando em 66,3 pontos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desde que atingiu seu pico de 68,7 pontos em janeiro, essa foi a quarta queda consecutiva do indicador, ainda que esses movimentos tenham sido de magnitude pequena. A despeito da nova queda do indicador de confiança, este se encontra 7,2 pontos acima da média histórica (59,1 pontos), o que, segundo a CNI, "sinaliza que a economia continuará a crescer nos próximos meses". No ICEI, números acima de 50 pontos revelam confiança do empresário no futuro, enquanto abaixo dessa marca, indica falta de confiança dos industriais.

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De acordo com nota à imprensa divulgada há pouco pela CNI, a queda do ICEI, que vem sendo registrada desde janeiro, "não surpreende", porque no final do ano passado o otimismo do empresariado estava muito elevado em função da recuperação economia. Além disso, a entidade menciona a retirada de incentivos fiscais e a alta nos juros como fatores que estariam afetando negativamente a confiança do empresário.

Entre os componentes do ICEI, o indicador da "situação atual" mostrou decréscimo de 0,5 ponto de abril para maio, passando de 61,5 pontos para 61 pontos. A percepção quanto à situação atual da economia brasileira recuou de 61,3 pontos para 60,5 pontos e da empresa, de 61,5 para 61,2 pontos. No índice de expectativa para os próximos seis meses, outra componente do ICEI, o indicador passou de 69,7 para 69,1 pontos. A perspectiva para a economia brasileira nos próximos seis meses recuou de 66,4 pontos para 65,9 pontos e quanto à empresa, de 71,3 pontos para 70,7 pontos.

A maior queda do ICEI ocorreu para as empresas de grande porte, cujo indicador passou de 69 pontos para 68,2 pontos, mas ainda registram o maior nível de confiança. Para as companhias de médio porte, recuou 0,7 ponto, para 65,8 pontos. As pequenas tiveram ligeira queda de 0,1 ponto, para 64,3 pontos.

Entre as atividades, o ICEI da indústria extrativa teve uma queda forte, passando de 68,2 pontos para 63,7 pontos. A indústria da construção civil teve alta de 0,3 ponto, para 65,7 pontos. E a indústria de transformação recuou de 65,7 para 65,3 pontos.

Segundo a CNI, dos 27 setores considerados, 12 apresentam confiança "relativamente estável" - variação positiva ou negativa inferior a 1,0 ponto. Entre os setores que apresentam maior queda na confiança - superior a 2,0 pontos - destacam-se Alimentos, Couros, Calçados, Química, Limpeza e Perfumaria e Material Eletrônico e de Comunicação.

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