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Confiança do empresário do comércio sobe pela 3ª vez consecutiva

Indicador atingiu a maior pontuação desde março do ano passado, segundo a FecomercioSP; pesquisa da FGV aponta empresariado mais satisfeito com o nível de demanda

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) no Município de São Paulo, medido pela FecomercioSP, avançou 5,6% neste mês.  O indicador passou de 80,6 em junho para 85,1 pontos em julho – numa escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

É o terceiro mês consecutivo que o indicador apresenta alta, atingindo a maior pontuação desde março de 2015. Além disso, depois de 29 meses de quedas consecutivas, volta a apresentar elevação no comparativo anual, de 9,8% em relação a julho de 2015.

Indicador atingiua maior pontuação desde março do ano passado Foto: Estadão

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A confiança dos empresários em relação ao futuro subiu 8% na passagem de junho para julho e 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a federação, o resultado teve como principal influência o índice que mede as expectativas em relação à economia (Expectativa da Economia Brasileira – EEB). O subíndice registrou alta de 13,4% ao passar de 112,3 em junho para 127,3 pontos em julho. As avaliações sobre as expectativas em relação ao próprio setor (Expectativa do Comércio – EC,) assim como as da própria empresa (Expectativa das Empresas Comerciais – EEC) também registraram crescimento.

O indicador que apura a propensão por novos investimentos subiu 4,1% em relação ao mês anterior e 3% em relação a julho de 2015. Como observado em junho, o quesito que mede o nível de contratações (Indicador de Contratação de funcionários - IC) foi o que apresentou o resultado mais significativo. 

Por outro lado, quando se avalia o sentimento dos empresários em relação ao seu nível de estoque (Situação Atual do Estoque - SAE) observou-se queda de 1,5%. Para cerca de 50,4% dos empresários a situação do estoque foi considerada como inadequada (soma das percepções do nível de estoques acima ou abaixo do adequado). Isso mostra, mais uma vez, que há uma clara e grande insatisfação por parte dos empresários em relação ao seus níveis atuais de estoques atribuída, notadamente, ao fraco padrão atual de consumo.

Demanda. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas também mostra aponta para um empresariado um pouco mais confiante, apesar do alto nível de estoques. Segundo dados do Índice de Confiança do Comércio (Icom) de julho, divulgados pela FGV, os empresários do comércio estão ligeiramente mais satisfeitos com o nível de demanda.

Dentro do Icom, o Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,2 ponto, para o patamar de 66,1 pontos, maior nível desde agosto de 2015. Entre os seus componentes, a maior contribuição para a melhora do indicador veio do quesito que mede o grau de satisfação com o Volume de Demanda Atual, este com elevação de 2,0 pontos em relação ao mês anterior, chegando a 65,6 pontos.

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O quesito que avalia a demanda ainda está muito próximo ao nível mínimo histórico, como reflexo de uma demanda ainda enfraquecida, mas avançou 6,3 pontos apenas nos últimos três meses, ressaltou a FGV.

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 1,2 ponto em julho ante junho, para 84,8 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, quando estava em 84,9 pontos. A alta no indicador foi determinada pelo quesito que mede o grau de otimismo com as Vendas nos três meses seguintes, que avançou 2,8 pontos em relação a junho, chegando a 85,0 pontos.

"Somente nos últimos três meses, o IE-COM avançou 10,0 pontos, sinalizando uma diminuição relativamente rápida do pessimismo no setor", avaliou a Fundação Getulio Vargas, em nota oficial. Em julho, a melhora na confiança do empresário do comércio ocorreu em dez dos 13 principais segmentos pesquisados.

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