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Confiança dos setores de comércio e serviços sobe em dezembro

Para especialista, excesso de confiança em 2018 frustrou expectativas no início do ano; agora, setores estão mais perto de equilíbrio

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO- A confiança dos empresários do comércio e do setor de serviços terminou o ano em trajetória ascendente, embora ambas estejam ainda em patamar abaixo do nível “neutro”, de 100 pontos, ressaltou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). 

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,1 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 96,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,3 ponto, para 98,1 pontos, divulgou a FGV na manhã desta quinta-feira, 26. “No fim do ano passado tinha um excesso de confiança. No início do segundo semestre houve reação da atividade, e a confiança teve avanço, compensando o início do ano frustrante”, justificou Tobler.

Segundo o pesquisador, a liberação de saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve um papel fundamental para uma avaliação mais favorável dos empresários sobre o momento atual Foto: Wilton Junior/Estadão

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Segundo o pesquisador, a liberação de saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve um papel fundamental para uma avaliação mais favorável dos empresários sobre o momento atual, na reta final do ano, mas o quadro econômico como um todo está mais benigno do que no encerramento de 2018.

“Há um cenário macroeconômico mais favorável, com redução dos juros, inflação controlada apesar da alta da carne, e liberação do FGTS”, enumerou Tobler.

No setor de serviços, o Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 1,8 ponto em dezembro, para 93,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,4 ponto, para 98,8 pontos.

No comércio, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 0,9 ponto, para 95,8 pontos. No entanto, o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 0,4 ponto, no terceiro mês de quedas consecutivas, para 100,5 pontos.

“A taxa de desemprego ainda está elevada, e a confiança do consumidor tem avançado mais devagar”, justificou Rodolpho Tobler. “Tem um pouco de cautela ainda para o ano que vem, mas o cenário é um pouco mais positivo, porque é um cenário real, mais consistente”, acrescentou.

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