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Confiança dos mais ricos cai e dos mais pobres sobe

Índice de Confiança do Consumidor teve alta de 1,7% em fevereiro entre as famílias que ganham até dez salários mínimos; entre os mais ricos, taxa caiu 2,2%

Por Agencia Estado
Atualização:

A confiança das famílias que ganham até dez salários mínimos aumentou em fevereiro. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) entre essa faixa de renda teve alta de 1,7% no mês, ao contrário do que aconteceu entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, em que o índice caiu 2,2% com relação a janeiro. Sem levar em conta a segmentação por renda, o Índice teve variação de 0,3% no mesmo período. Esses números representam uma inversão de tendência, porque tradicionalmente a variação do ICC é superior entre os grupos de maior poder econômico do que entre as faixas de menor poder aquisitivo. Em 2006, essa inversão só ocorreu em dois momentos: quando foi feito o pagamento da primeira parcela do 13º dos pensionistas e aposentados, em setembro, e quando o salário mínimo aumentou de R$ 300 para R$ 350, em abril. Apesar da inversão nas variações, a taxa de otimismo dos mais ricos permanece mais alta, em 138,9 ante 132,2 dos mais pobres - a escala usada pelo ICC varia de zero (pessimismo) a 200 (otimismo). Entre os mais jovens, com idade inferior a 35 anos, o otimismo foi avaliado em 138,6 pontos. Na faixa etária acima de 35 anos, o ICC de fevereiro é de 127,6. Já com relação a fevereiro de 2006, o ICC teve queda de 2,7%, atingindo 134,5 pontos, contra 138,2 no ano passado. "Embora os indicadores econômicos (renda, inflação, taxa de juros, câmbio e risco País) estejam melhores do que os registrados em igual período de 2006, o consumidor está mais atento aos rumos da economia. Isso reflete os efeitos do tímido crescimento registrado no ano passado", acredita o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e usado por comerciantes no planejamento dos investimentos.

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