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Confiança empresarial avança pelo quarto mês seguido, aponta FGV

Indicador cresceu 1,4 ponto em junho ante maio e soma 7 pontos no segundo trimestre de 2022, após recuo acumulado de 8,2 pontos nos dois trimestres anteriores

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,4 ponto em junho ante maio, para 98,8 pontos, informou nesta sexta-feira, 1, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o indicador teve um crescimento de 7 pontos no segundo trimestre de 2022, após um recuo acumulado de 8,2 pontos nos dois trimestres anteriores.

O Índice de Confiança Empresarial, divulgado pela FGV, reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção Foto: Taba Benedicto/Estadão

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“A confiança empresarial avança pelo quarto mês seguido, aproximando-se do nível neutro dos 100 pontos e sinalizando continuidade da fase de crescimento da atividade”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu 1,9 ponto em junho ante maio, para 100 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 1,6 ponto, para 99,7 pontos.

"Ao contrário dos meses anteriores, em que o Setor de Serviços vinha puxando as altas do ICE, desta vez os demais setores deram uma contribuição mais expressiva para a evolução do indicador. As expectativas empresariais são neutras em relação ao próximo trimestre, mas apresentam um viés ligeiramente pessimista no horizonte de seis meses, um sinal de que o setor produtivo projeta uma desaceleração da atividade ao longo do segundo semestre", completou Campelo Júnior.

Todos os grandes setores que integram o ICE mostraram melhora na confiança em junho, com destaque para o desempenho das avaliações sobre o momento atual. Apenas os serviços tiveram contribuição mais expressiva do componente de expectativas futuras, apontou a FGV.

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A confiança dos serviços cresceu 0,4 ponto, para 98,7 pontos, e a do comércio subiu 4,6 pontos em junho ante maio, para 97,9 pontos. A indústria teve elevação de 1,5 ponto, para 101,2 pontos, enquanto a construção aumentou 1,2 ponto, para 97,5 pontos.

"Apesar da evolução favorável em todos os setores, apenas a confiança da Indústria alcança a faixa de neutralidade no fim do primeiro semestre do ano", frisou a FGV.

Em junho, a confiança avançou em 31 dos 49 segmentos integrantes do ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.896 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 27 de junho.

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