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Confira os melhores fundos de 2000

Saiba quais foram os melhores que tiveram melhor rendimento entre janeiro e novembro deste ano. O fundo de ações Atrium FIA, da corretora Atrium, rendeu 107,67% no período e é o primeiro da lista.

Por Agencia Estado
Atualização:

A aplicação que teve o melhor rendimento entre janeiro e novembro de 2000 foi o Atrium FIA, da corretora Atrium, um fundo de ações que rendeu 107,67% no período. O desempenho chama a atenção não só em termos absolutos mas também relativos - basta lembrar que o Índice Bovespa recuou 21,52% de janeiro a novembro. Esse comportamento explica-se pela política de investimentos do Atrium, que investe de 65% a 85% de seus recursos em ações de terceira linha, que têm baixo volume de negócios. Fundos livres O fundo livre com melhor desempenho foi o Verde, da Hedging Griffo Asset Management, que rendeu 24,81%. O fundo aplica nos mercados de juros, dólar, ações e títulos da dívida externa (por meio de fundos de investimento no exterior) e eventualmente nos mercados de commodities agrícolas. O diretor de Gestão de Recursos da Hedging Griffo, Luis Stuhlberger, diz que o fundo teve ganhos com a alta do dólar, que subiu de R$ 1,80 para R$ 1,95 nos últimos meses. Além disso, algumas ações também contribuíram para que o Verde tivesse boa rentabilidade no ano, como Globo Cabo, Petrobrás e Tele Centro-Oeste Celular. Fundos multicarteira O destaque entre os fundos multicarteira o Alfa Private Portfolio FAQ FIF, do Banco Alfa de Investimento, que rendeu 17,63%. Trata-se de um fundo de aplicação em cotas (FAC), que aplica até 10% dos recursos em ações. O diretor do Banco Alfa, Márcio Emery, explica que o fundo é um multicarteira conservador. Como o desempenho da bolsa foi bastante fraco este ano, a boa rentabilidade do fundo deve-se ao fato de que muitas vezes a aplicação zerou suas aplicações em ações. Segundo ele, na média o fundo não ficou mais do que 5% em bolsa. Fundo cambial O fundo cambial que teve a melhor rentabilidade foi o UBS Brinson Currency Hedge, com rendimento de 20,25%. O diretor-presidente da UBS Asset Management, Mauricio Bicalho, explica que o objetivo do fundo é oferecer hedge (proteção) contra as oscilações do dólar, nunca aplicando mais recursos do que os disponíveis em carteira. A aplicação pode buscar essa proteção por meio da compra de títulos cambiais e também por meio de operações nos mercados de derivativos. No momento, todo o patrimônio está aplicado em papéis cambiais. Segundo Bicalho, o fundo teve um bom desempenho principalmente porque quando o cupom cambial (os juros embutidos nos títulos) caiu, a duração média da carteira era longa. Renda fixa Na renda fixa, o destaque foi o Título FIF 60, da corretora Título, que rendeu 17,28%. Um dos trunfos para o bom rendimento do fundo foi a manutenção da carência renovável a cada 60 dias, que permitiu uma administração mais eficiente do fluxo de caixa, afirma o gerente de renda fixa da Título, Marcelo Miranda. A carteira do fundo tem 80% de títulos prefixados e 20% pós-fixados. Entre os prefixados, 95% são públicos e 5% privados. Fundos DI O melhor fundo DI foi o BVA FIX Seguro, do Banco BVA, que rendeu 17,27% no período. A aplicação também tem carência renovável a cada 60 dias. O diretor de Captação do BVA, Sérgio Petrônio Duarte, explica que 95% da carteira está atrelada à variação do CDI, enquanto os outros 5% podem ser usados em posições prefixadas. Além disso, o fundo compra de 20% a 30% de títulos privados.

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