Publicidade

Confirmado embargo da soja para mais 15 empresas

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, do Ministério da Agricultura, recebeu nesta manhã um e-mail do embaixador do Brasil na China, Afonso Celso de Ouro Preto, o qual confirma a suspensão por parte da China da compra de soja brasileira fornecida por outras 15 empresas. Ontem, o embaixador se reuniu com o vice-ministro da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ, na sigla em inglês), Ge Zirong. O embaixador confirmou, ainda, em documento remetido ao Ministério da Agricultura, a recusa do governo chinês em receber outros dois carregamentos de soja, nos quais foram detectados a mistura de sementes tratadas com fungicidas com carregamento de grãos. De acordo com o secretário Tadano, os carregamentos foram embarcados pelo Porto de Rio Grande (RS) nos navios Bunga Saga Lapan e Oriental Sun. Ele calculou que cada um desses navios estava carregado com cerca de 60 mil toneladas de soja. "Com a recusa do governo chinês em receber mais essas duas cargas, sobe para cerca de 359 mil toneladas o volume de soja rechaçado pelo governo chinês". Proposta O secretário informou, ainda, que o embaixador apresentou ao vice ministro da AQSIQ uma cópia da instrução normativa número 15, publicada no Diário Oficial da União, de sexta-feira passada, a qual estabelece critérios para a mistura de grãos com sementes, além do nível de impurezas. Além da normativa, o embaixador defendeu a proposta do governo brasileiro de que uma autoridade da China faça a pré-inspeção nos carregamento de soja exportadas para aquele país, ainda nos portos brasileiros. Tadano acrescentou que na visita que fará nesta semana à China ele pedirá ao governo chinês que reveja o embargo imposto anteriormente às 8 empresas e às 15 que foram agora proibidas de vender soja brasileira para o mercado chinês. Situação delicada Apesar de as 23 empresas estarem proibidas de embarcar o grão brasileiro para o mercado chinês, Tadano afirmou que não é possível dizer que o embargo à soja brasileira é total, pois essa avaliação depende de levantamento junto às associações que representam os exportadores. "Só posso dizer que é expressivo o número de empresas que não podem vender soja para a China", observou Tadano. Ontem, antes de confirmar oficialmente o embargo, o secretário disse que a situação seria delicada se 23 empresas que operam no País estivessem proibidas de vender soja para China. O governo chinês comunicou oficialmente ao Brasil a recusa em receber a primeira carga de grãos de soja no dia 30 de abril.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.