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Congresso dos EUA quer investigar manipulação cambial do yuan

Legisladores, que criticaram omissão de Obama, estudam proposta de tarifa sobre importações da China

Por Nathália Ferreira e da Agência Estado
Atualização:

Legisladores dos EUA criticaram o governo do presidente Barack Obama nesta última quinta-feira, 19, por não pressionar a China o suficiente sobre seu regime cambial rígido, preparando o terreno para impor tarifas de importação sobre produtos chineses. Enquanto Obama retornava de viagem sem nenhuma promessa da China de tornar o yuan flexível, legisladores Republicanos e Democratas enviaram uma carta ao Departamento do Comércio pedindo uma investigação sobre "a manipulação cambial da China", informou o Wall Street Journal.

 

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É um "primeiro passo potencial em um processo que pode levar a significativas tarifas impostas pelos EUA sobre importações da China", disse o senador Democrata Charles Schumer, que escreveu a carta em conjunto com o senador Republicano Lindsey Graham.

 

O governo Obama, assim como o governo Bush antes, recusou-se a rotular a China como manipulador de câmbio dentro da lei que exige que a administração determine se alguma economia estrangeira manipula sua moeda em relação ao dólar.

 

A ação bipartidária ontem pedindo a investigação foi "um caminho alternativo para formalmente repreender a China", disse Schumer.

 

"Se a agência determinar que as práticas de câmbio da China correspondem a uma forma de subsídio que é contestável dentro dos acordos internacionais de comércio, os chineses estarão sujeitos a duras penalidades", afirmou ele.

 

Legisladores e diversos grupos industriais alegam que Pequim está artificialmente enfraquecendo o valor do yuan para impulsionar sua competitividade nas exportações, o que, segundo eles, seria o responsável pelo déficit comercial recorde de US$ 268 bilhões com a China no ano passado.

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Nesta última quinta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, enfrentou duro questionamento sobre o yuan de legisladores, durante audiência do comitê econômico congressional conjunto. Geithner assegurou os legisladores de que estava confiante de que a China vai permitir que sua moeda seja mais flexível, citando o compromisso que Pequim fez em deixar que o yuan flutue. As informações são da Dow Jones.

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