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‘Conseguimos pegar o melhor do mundo bancário e das fintechs’

São 13 mil novos correntistas por dia útil, somando um total de 4 milhões de clientes; para 2020, o objetivo é chegar a 8 milhões

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Por Guilherme Guerra
Atualização:

Na guerra entre fintechs e grandes bancos pela atenção do cliente, o Inter não tem lado. Oferece conta digital gratuita e um “super aplicativo” para vender produtos do varejo tradicional, similar às principais empresas digitais do mundo, como Alibaba e WeChat. Mas continua a trabalhar com serviços bancários tradicionais em áreas como crédito imobiliário e investimentos.

Essa combinação tem atraído 13 mil novos correntistas por dia útil, total de 4 milhões de clientes. Ao longo de 2019, o presidente, João Vitor Menin, afirmava que atingir esse número era a principal meta para o ano, o que faria do Inter o sexto maior banco do País. Para 2020, o objetivo é chegar a 8 milhões.

João Vitor Menin, Presidente do Banco Inter Foto: Banco Inter

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O Inter conseguiu atingir a meta de ser o sexto maior banco do País?

Não sei. Para ser sincero, atingimos a nossa meta de ter 4 milhões de correntistas. Mas não conferi se outros bancos foram ultrapassados. O número de correntistas foi alcançado, então, acho que sim. Difícil o Banrisul (6.º maior do País) ter crescido o número de correntistas em velocidade diferente dos últimos cinco anos.

O Nubank fala que o 6.º lugar é deles.

Nubank não é banco, é arranjo de pagamentos. Tem outra legislação, são coisas diferentes. Não estou falando em ter mais clientes, e sim mais correntistas.

O Inter é fintech ou banco tradicional?

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Criamos um segmento novo que não é fintech nem banco. Essa intercessão do mundo tech com o bancário pode ser chamada de banco digital. Existe uma solução bancária completa, digital e gratuita, mas também tem uma solução para serviços não bancários. A gente conseguiu pegar o melhor desses dois mundos.

Existe a possibilidade de internacionalizar o banco?

Do ponto de vista mercadológico, não tem necessidade de expandir para fora porque moramos em um país de dimensões continentais e com concentração bancária. Um primeiro passo nesse sentido foi ter o Softbank (grupo de investimento japonês) como acionista, uma empresa tecnológica, global e com ecossistemas em várias partes do mundo. Internacionalização é mais estar em outros ecossistemas do que ter mais correntistas. E a gente não vê escassez de novos correntistas ou dificuldade de crescimento (no País). (Expandir) Vai acontecer, um dia. Qualquer empresa de serviços tem de pensar em romper fronteiras.

Quais são as metas para 2020?

Mantendo o ritmo de crescimento atual, de 13 mil novas contas por dia útil, poderíamos chegar a 8 milhões de contas até o fim do ano.

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