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Consórcio imobiliário: setor deve crescer

Com a entrada da Caixa no segmento de consórcio de imóveis, o setor espera crescer consolidando a forma de aquisição da casa própria. No entanto, a opção não é recomendada para quem comprar o imóvel no curto prazo.

Por Agencia Estado
Atualização:

A aprovação do consórcio pela Caixa Econômica Federal (CEF) como uma nova modalidade de aquisição da casa própria para a classe média, há duas semanas, movimentou o mercado de administradoras de consórcios de imóveis. As vendas na área, que vêm apresentando bons resultados desde o início do ano passado, devem aumentar ainda mais, segundo os empresários do setor. "Nos últimos dias fomos mais procurados para consultas e informações", afirma a diretora da Battistella Administradora de Consórcios, Karla Giovanna Battistella. A idéia predominante nas empresas é a de que a adoção do sistema pela CEF deu credibilidade ao produto, deixando o consumidor mais seguro em relação ao consórcio de imóveis. Investimento de longo prazo, o consórcio não é a melhor alternativa para quem precisa fugir do aluguel em pouco tempo. O prazo médio dos grupos é de 120 meses. A não ser que se conte com a sorte ou com um bom lance, a compra da casa própria pode ficar dez anos distante. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Consuelo Amorim, desde 1990 é possível comprar imóveis por meio de consórcio, mas só nos últimos cinco anos o sistema passou a ser mais utilizado. "As leis mais flexíveis e a estabilidade econômica ajudaram a impulsionar o comércio de cotas", acredita Consuelo. Segundo levantamento do Banco Central, que fiscaliza o setor, no primeiro semestre deste ano houve uma aumento de 49,2% no número de cotas de consórcio de imóveis comercializadas em todo o País em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 33.042 cotas. Atualmente, 75 administradoras atuam no setor, mantendo cerca de 87 mil participantes em 475 grupos. De acordo com o Banco Central, cinco empresas estão impedidas de abrir novos grupos por razões diversas. Por esse motivo, um dos cuidados básicos antes de assinar o contrato é conferir no banco se a empresa está autorizada a atuar no setor.

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