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Consórcios devem fechar 2001 com crescimento

Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios indicam que essa modalidade de compra deve fechar 2001 com crescimento de 20%. Consórcio imobiliário cresceu 46,2%.

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas por consórcio no ano passado devem fechar com um crescimento de cerca de 20% no volume de negócios sobre 2000. A Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac) ainda não recebeu os números do segundo semestre que são computados pelo Banco Central (BC), mas os resultados do primeiro semestre dão uma pista. Entre janeiro e junho de 2001, as cerca de 300 administradoras movimentaram R$ 6,3 bilhões. Segundo a presidente da Abac, Consuelo Amorim, o segundo semestre tem sempre um movimento superior ao primeiro. Consuelo acredita que os efeitos dos atentados terroristas nos Estados Unidos em setembro não devem afetar o número de cotas comercializadas. Na pior das hipóteses, o acumulado do segundo semestre vai se igualar ao resultado de janeiro a junho, totalizando no ano R$ 12,6 bilhões em volume de negócios por consórcios. Em 2000, as administradoras comercializaram R$ 10,2 bilhões dos diversos produtos vendidos pelo sistema. Veículos O ramo de veículos apresentou crescimento de 9,4% em novas cotas comercializadas, comparadas com o ano anterior, fechando com um total de 443,3 mil consórcios vendidos. O segmento teve como destaque a venda de caminhões e motos, que tiveram crescimento de 27% e 27,3%, respectivamente, no número de novas cotas. Foram 42,8 mil novos consórcios de caminhões e 767,3 mil de motocicletas. Imóveis A venda de imóveis vem crescendo a passos largos pelo sistema de consórcio depois da estabilização com o Plano Real em 1994. Cerca de 77 administradoras especializadas em imóveis venderam um total de 60,7 mil novas cotas em 2001, 46,2% a mais do que em 2000. No total, o segmento tem 95,3 mil participantes ativos, 25% a mais do que no ano anterior. Segundo a presidente da Abac, nos últimos seis anos a venda de imóveis cresceu 200%. O segmento pode crescer ainda mais se um acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF) for efetivado. Hoje, em Brasília, acontece uma segunda reunião da equipe de trabalho da Abac e da CEF que estuda a viabilidade de oferecer consórcios nas agências da Caixa espalhadas pelo País. Eletroeletrônicos O racionamento de energia afetou o ingresso de novos compradores de eletroeletrônicos por consórcio, mas não chegou a afetar o número de cotas comercializadas. O número de consorciados ativos teve uma queda de 3,5% em 2001, passando de 336 mil para 324,5 mil. Em compensação, o número de cotas vendidas durante o ano cresceu 12%, passando de 326,5 mil para 366 mil. Isso se explica porque alguns clientes compraram pacotes de produtos eletroeletrônicos adquiridos pelo consórcio.

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