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Construção civil acusa siderúrgicas de formação de cartel

Por Agencia Estado
Atualização:

A indústria da construção civil pretende marcar uma reunião nos próximos 15 dias com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, para acusar a "cartelização dos preços no setor siderúrgico", afirmou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Roberto Kauffmann. Ele vai questionar o aumento de até 15% no preço do aço, que deverá vigorar a partir deste sábado e os reajustes que têm ocorrido desde o início deste ano. Com a elevação dos preços do aço, as construtoras estão procurando diminuir a utilização dessa matéria-prima, substituindo-a por materiais mais baratos, como alvenaria estrutural e concreto mais forte. "O que estamos constatando é que as siderúrgicas estão praticando preços internacionais em um produto 100% brasileiro", disse. Com a alta de até 15% a partir de 1º de maio, as distribuidoras de aço também vão reajustar seus preços ao longo do mês que vem. O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, André Zinn, disse que a tendência é o repasse ser integral, mas diluído e gradual. "Estamos vivendo um processo de inflação importada", disse. A indústria automotiva está preocupada com os aumentos do aço. A Anfavea, representante das montadoras instaladas no País, informa que de janeiro de 2002 a fevereiro de 2004 o insumo acumula alta de 71%. Nesse período, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 37% e as tabelas de preços dos automóveis ficaram 39% mais caras. O aço responde por 20% dos custos industriais do setor. Procurado, o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) não se pronunciou.

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