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Construção civil cria mais vagas fora das capitais

Por AE
Atualização:

O boom de crescimento da construção civil começa a se espalhar dos grandes centros urbanos para o interior do País. A tendência já aparece nos números do emprego formal do setor. No período de 12 meses até junho, a criação de postos de trabalho com carteira assinada nas cidades do interior cresceu a uma taxa 100% maior que nas nove principais regiões metropolitanas brasileiras, quando comparada com o saldo de 2006. No interior, o emprego teve crescimento de 30,3%, enquanto nas regiões metropolitanas a alta foi de15,6%. "Num setor intensivo em mão-de-obra como o da construção civil, o emprego representa um bom indicador do ritmo de atividade", diz Sergio Vale, economista da consultoria MB Associados, autor do estudo sobre a evolução do emprego no setor. Para chegar a essa conclusão, ele se baseou em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O crescimento do mercado imobiliário, agora com mais força rumo ao interior, tem sido sustentado principalmente pela oferta de crédito farto. Soma-se a isso o cenário de juros ainda em queda, a melhoria da renda, a expansão do emprego e as medidas de desoneração tributária e outras anunciadas pelo governo para estimular o setor. Câmbio O ingresso de investimentos estrangeiros diretos no setor da construção civil disparou nos sete primeiros meses do ano e atingiu US$ 900 milhões - 12,5 vezes mais do que os US$ 72 milhões do mesmo período de 2006 e quase três vezes mais do que os US$ 321 milhões de todo o ano passado. O fluxo, segundo dados do Banco Central, está majoritariamente direcionado para empresas imobiliárias, movimento que reflete o boom no setor, um dos mais aquecidos da economia brasileira. Essa situação, na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, não coloca o Brasil na rota de risco da volatilidade dos mercados mundiais, em decorrência da bolha imobiliária nos Estados Unidos. "Não acredito que a atual turbulência vai afetar o apetite dos estrangeiros no setor imobiliário brasileiro", comentou. "Nós temos um espaço muito grande de crescimento com segurança." No entanto, ressalvou que o que está acontecendo nos EUA "deve servir de lição para que não venhamos a ter excessos no Brasil". O presidente da CBIC avalia que o Brasil é a "bola da vez" em termos de atração dos investidores estrangeiros por diversos fatores, como a consolidação da estabilidade econômica, o maior ritmo de crescimento, o aumento nas reservas internacionais e a trajetória de queda nos juros. E, nesse contexto, a construção civil é uma área que apresenta grandes oportunidades de ganho porque tem um potencial elevado de expansão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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