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Construção de moradias nos EUA atinge pico em 6 meses

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Por Redação
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As novas construções de moradias nos Estados Unidos registraram a maior patamar em seis meses e a produção industrial cresceu 0,9 por cento em janeiro, sugerindo que a recuperação econômica está se firmando no país. O início de novas construções aumentou 2,8 por cento, para uma taxa anual ajustada de 591 mil unidades, revertendo a queda de dezembro, mostrou relatório do Departamento de Comércio. Frente a janeiro de 2009, houve aumento de 21,1 por cento, o maior desde abril de 2004. Analistas esperavam leitura de 580 mil unidades em janeiro deste ano. "É uma surpresa positiva de todos os lados e mostra que a demanda de modo geral aumentou. É um importante elemento para observar conforme saímos de um ciclo baseado em incentivos para um crescimento mais orgânico", disse Craig Peckham, estrategista de ações na Jefferies & Co, em Nova York. Outro relatório, do Federal Reserve, mostrou que a produção industrial cresceu 0,9 por cento, com os setores manufatureiro, minerador e de serviços públicos avançando. O uso da capacidade instalada subiu para 72,6 por cento, ante 71,9 por cento um mês antes, mas ainda está 8 pontos percentuais abaixo da média vista de 1972 a 2009. No setor imobiliário, o início de construção de moradias para uma única família aumentou 1,5 por cento em janeiro, para uma taxa anual de 484 mil unidades, após cair 3 por cento em dezembro. Mesmo com as taxas de hipotecas perto do recorde de baixa, a demanda por empréstimos imobiliários continua letárgica. As aplicações caíram 2,1 por cento, enquanto o refinanciamento recuou 1,2 por cento, informou a Associação de Bancos de Hipotecas. O início de construção de moradias teve um pico em janeiro de 2006, com ritmo anual de 2,273 milhões de unidades, e chegou ao fundo do poço com 479 mil unidades em abril passado. Desde então, o indicador vem oscilando entre 500 mil e 600 mil unidades. Os alvarás, que dão uma ideia da atividade futura na construção, caíram 4,9 por cento, para 621 mil unidades, em janeiro, após terem subido em dezembro para o maior nível em 14 meses. Outro relatório do Departamento de Trabalho mostrou que os preços de importados subiram 1,4 por cento em janeiro, impulsionados por um salto do gás natural e outros combustíveis. Os preços de exportados avançaram 0,8 por cento. Analistas esperavam alta de 0,9 por cento para os preços de importados e de 0,4 por cento para os exportados. (Por Lucia Mutikani, Emily Kaiser e Doug Palmer)

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