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Construção seca pode ser próximo passo no mercado

Tecnisa estuda adotar método construtivo, comum no exterior, mas ainda pouco utilizado pelas empresas no Brasil

Por Gustavo Coltri
Atualização:

SÃO PAULO - O investimento das construtoras em inovação também passa pela adoção de sistemas construtivos mais sustentáveis. Boa parte das companhias ainda aposta na alvenaria convencional, mas algumas iniciativas já surgem no mercado. A Tecnisa, vencedora do Top Imobiliário, estuda adotar o sistema de construção seca em um dos edifícios que deve lançar no segundo semestre no complexo Jardim das Perdizes, segundo 0 diretor executivo técnico da empresa, Fabio Villas Bôas.Comum no exterior, esse método ainda é raro no Brasil. O mercado local está mais acostumado à alvenaria convencional, e a industrialização normalmente é mais intensa no segmento econômico, em que os projetos, mais simples e simétricos, aceitam a replicação melhor em relação aos empreendimentos de alto padrão.

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O diretor técnico da consultoria em sustentabilidade Sustentech, Marcos Casado, explica que os sistemas secos, baseados em encaixes de peças, têm maior velocidade de construção e apresentam melhor qualidade, porque exigem mão de obra mais qualificada. "A resistência que temos no Brasil é mais cultural", avalia.

O diretor da Inovatech, Luiz Henrique Ferreira concorda com Casado. "Esse é um caminho que temos de começar a trilhar. Assim como o selo de sustentabilidade Aqua balançou o mercado quando o True Chácara Klabin, da Even (segunda colocada no Top Imobiliário deste ano), conquistou a certificação na fase de operação o primeiro do País, a construção seca pode fazer o mesmo."

Para conquistarem selos verdes, os empreendimentos devem adotar uma série de ações para reduzir o impacto dos canteiros nas vizinhanças e promover a adequada gestão de resíduos nas obras.

 

 

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