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Construtoras aderem a programa de qualidade

Programa nacional de qualidade de gerenciamento atrai construtoras, principalmente depois que a Caixa passou a exigir cadastro para liberar financiamento.

Por Agencia Estado
Atualização:

Empresas do setor da construção civil estão se preocupando em comprovar a qualidade no gerencimento de suas atividades. O número de adesões ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) tem aumentado a cada mês. Lançado em dezembro de 1998 pela Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano (Sedu) da Presidência da República, o programa tomou impulso depois da adesão da Caixa Econômica Federal (CEF), no ano passado. Desde a assinatura da adesão, a CEF passou a exigir o cadastro no programa para liberar financiamentos para construtoras. Segundo o coordenador do PBQP-H, Antônio Carlos de Bastos Costa Campo, o objetivo da certificação é garantir ao consumidor final a qualidade dos produtos oferecidos pelas empresas do setor. O programa é dividido em quatro níveis, que são atingidos em diferentes períodos, de acordo com o que foi definido em cada Estado. "O PBQP-H está em 18 Estados, que detêm 80% da força produtiva da construção civil do País", diz Campo. Atualmente, cerca de duas mil empresas estão inscritas, sendo assessoradas por técnicos para atingirem o primeiro nível de certificação ou em fase de mudança de estágio. O programa é composto por 12 projetos, cada um voltado para um ramo do setor imobiliário, incluindo construtoras e fabricantes de material de construção. "A idéia é cobrir toda a cadeia da construção, desde o projeto até a execução da obra", explica o coordenador. A relação das empresas já atestadas pelo PBQP-H pode ser consultada no site www.pbqp-h.gov.br. Certificado é para a qualidade da empresa Conforme a evolução do programa, o consumidor final poderá se guiar por ele para fazer as compras. Os dez órgãos certificadores autorizados pela Sedu avaliam, entre outros pontos e de acordo com o nível já atingido, a política de qualidade da empresa, o treinamento de funcionários, as auditorias existentes e o controle do material e dos serviços utilizados na obra. "O atestado não é para o produto prédio, mas para o gerenciamento de qualidade da empresa", informa Márcio Viegas, coordenador de desenvolvimento do Bureau Veritas Quality International, um dos certificadores do programa. Segundo ele, cerca de 500 empresas de São Paulo já têm o atestado do programa. No entanto, com o acompanhamento de todas as fases do processo de construção, o resultado final só tende a ser bom. "Quando as empresas perceberem que o resultado é positivo para elas o número de adesões será maior", acredita a supervisora técnica de qualidade de fornecedores da CEF, Magda Ramos Jardim. Em São Paulo, a partir de dezembro do ano que vem, a Caixa só vai liberar financiamento para empresas que tiverem atingido os quatro níveis do programa. Por enquanto estão sendo aceitas construtoras recém inscritas, ainda no primeiro nível.

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