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Consultoria acha difícil manter previsão de alta de produção

Antes da crise, Anfavea previa crescimento de 7% este ano ante 2019; agora, consultor estima queda de 4%

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A consultoria Bright avalia que não será possível recuperar ao longo do ano toda a produção de veículos perdida nesta crise. Sua estimativa é de queda de 4% em relação a 2019, para 2,67 milhões de automóveis e comerciais leves (não inclui caminhões e ônibus).  A previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) feita no início do ano é de aumento de 7%, para 3 milhões de unidades.

Ainda épossível que, nos próximos meses, a Anfavea refaça suas previsões Foto: Washington Alves/Estadão

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Já as vendas devem ser 3% inferiores aos números do ano passado. Segundo cálculos da Bright, o segmento de automóveis e comerciais leves deve vender 2,61 milhões de unidades, ante uma projeção inicial da Anfavea de aumento de 9%, para 2,9 milhões de unidades.

Previsões

É possível que, nos próximos meses, a Anfavea refaça suas previsões. No primeiro trimestre, o segmento de automóveis e comerciais leves registrou queda de 13,9% na produção em relação a igual período de 2019, somando 375,6 mil unidades. As vendas caíram 0,9%, para 378 mil unidades.

O sócio da consultoria, Paulo Cardamone, ressalta ainda que a alta do dólar – que deverá se manter entre R$ 4,80 e R$ 5,00 – terá impacto significativo nos custos de produção, pois vários componentes utilizados na produção dos automóveis são importados. “Comparativamente à taxa de câmbio de R$ 3,80 de um ano atrás, aumentos de preços entre 10% e 20%, adicionais aos já aplicados no período, terão de ser repassados ao mercado, o que vai afetar ainda mais as vendas no varejo”, avalia.

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