Uma opção para o investidor que quer um atendimento personalizado é procurar a orientação de consultores financeiros. Hoje, existem várias instituições que oferecem um serviço diferenciado preferencialmente para o aplicador que tem mais recursos do que um cliente de varejo, mas não possui dinheiro suficiente para ter acesso ao private banking. Há consultores que, depois de analisar o perfil do cliente, dedicam-se a distribuir fundos de outras instituições, não cobrando nada do cliente - o ganho vem do repasse de parte da taxa de administração e performance cobrada pelos gestores. E existem ainda outros que sugerem uma estratégia de alocação de recursos - em fundos ou não -, cobrando à parte por esse serviço, uma vez que não têm compromisso de distribuição com nenhuma administradora de recursos. A LLA Investimentos distribui fundos de 18 instituições, atendendo preferencialmente clientes que têm entre R$ 50 mil e R$ 300 mil. O diretor-operacional da LLA, José Hugo Laloni, explica que uma vez definido o perfil do investidor, a partir de informações como o prazo pelo qual o dinheiro pode ficar aplicado, o objetivo do investimento, o valor e a tolerância ao risco, é sugerida uma estratégia de alocação dos recursos, de preferência em fundos. Laloni diz que a especialidade da LLA é a distribuição de fundos, mas também pode ajudar o investidor na compra de outros ativos, como imóveis e ações, caso haja interesse. A LLA não cobra nada dos clientes, pois a receita vem dos repasses de parte das taxas de administração e de performance cobradas pelos fundos. A Capital Administração de Recursos trabalha pelo mesmo sistema, mas oferecendo apenas aplicações de maior risco. "É nesse segmento que posso agregar valor ao meu cliente", diz o diretor da Capital, Fernando Ganme. Ele distribui 28 fundos de 12 instituições. Um de seus diferenciais é o site na Internet, por meio do qual o investidor pode obter a cota do fundo de qualquer data, obter um extrato detalhado e um link com as homepages das 12 instituições. Já o diretor-presidente da Money Maker Investment Advisory, Fábio Colombo, tem outro método de trabalho. Ele não distribui fundo de nenhuma instituição. Segundo Colombo, o serviço de consultoria que oferece segue cinco etapas: o diagnóstico do perfil do investidor, a definição de uma carteira - preferencialmente por meio de fundos -, a formulação por escrito da política de investimentos, a seleção dos gestores e adoção da política e a supervisão do desempenho da carteira. Por esse serviço, o investidor paga de R$ 2 mil a R$ 5 mil, além de uma taxa de 0,50% a 1% ao ano sobre o patrimônio. O conceito da Multimarcas Boutique de Investimentos, estabelecida em Ribeirão Preto, é um pouco diferente. Ela gere cinco fundos de aplicação em cotas (FACs) que investem em 27 fundos de 10 instituições diferentes, que cobram taxa de administração de 1% ao ano. Existe um fundo DI, um de renda fixa de gestão ativa e três multicarteiras. Além disso, a empresa oferece um fundo de ações da Schroders Brasil.