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Consumidor brasileiro é movido a promoções

No Brasil, 19% dizem preferir ofertas, contra um índice global de 5%; lá fora, cliente busca sobretudo conveniência

Por Dayanne Sousa
Atualização:

As promoções do varejo no Brasil têm um peso sem igual no planeta, de acordo com dados de um estudo da consultoria Nielsen. Uma pesquisa global sobre os hábitos de quem faz as compras de alimentos, itens de higiene e outros produtos dos supermercados mostra que aqui não prevalece tanto a conveniência, critério mais importante na média mundial.De acordo com o estudo, as promoções são um critério para escolher onde comprar em 19% das vezes no Brasil. A média global é de apenas 5%. Em contrapartida, enquanto a conveniência aparece em 50% das respostas de consumidores na média global, aqui o peso desse item é de 18%.O estudo do perfil dos compradores brasileiros ajuda a entender a prática mais comum no varejo do País, o high-low. A estratégia de precificação envolve o acompanhamento de preços de uma cesta de itens de alto giro, com promoções específicas para atrair o fluxo, enquanto outras categorias têm mantidas margens de rentabilidade mais altas.O modelo é diferente daquele que o Walmart tornou famoso nos Estados Unidos e que foi implantado pela rede aqui, chamado de "Preço Baixo Todo Dia". Nele, o objetivo é comunicar ao consumidor um compromisso de preço constante. Nos Estados Unidos, as promoções não têm peso, mas o conceito de preço baixo é relevante para 26% dos norte-americanos.De acordo com a pesquisa, no mundo, 70% das escolhas são feitas na frente da gôndola e metade delas sem que o cliente pense muito, quase automaticamente.O que pode ser entendido como uma particularidade brasileira é que as promoções recebem mais peso, até porque aqui ainda persiste o hábito de se fazer compras maiores. "Quando o consumidor está numa missão de abastecimento do lar ou de estoque, ele passa mais tempo na loja, avalia mais as promoções", diz Stephanie Biglia, analista de mercado da Nielsen. Ela observa que aqui as compras desse tipo são 70% do total, enquanto em países da Europa se sobrepõem as compras de ocasião - em 25% das vezes, o europeu vai à loja para comprar o suficiente para apenas uma refeição.

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