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Consumidor mais retraído na compra de imóveis

Pesquisa do Secovi apurou que a venda de imóveis novos caiu 19,31% em setembro na comparação com o mês anterior. Os motivos são, principalmente, as incertezas em relação aos rumos da economia do País e as altas taxas de juros.

Por Agencia Estado
Atualização:

Incertezas em relação aos rumos da economia do País, as altas taxas de juros e a paralisação do financiamento imobiliário para a classe média por parte da Caixa Econômica Federal (CEF) reduziram a demanda por imóveis novos na cidade de São Paulo. Segundo a pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), a venda de imóveis novos na cidade de São Paulo recuou 19,31% em setembro, na comparação com o mês anterior. É o quarto mês consecutivo de queda nos negócios imobiliários, na capital. Em setembro, foram comercializadas 748 unidades, ante 927 de agosto. No acumulado do ano, o desempenho de janeiro a setembro já é 0,7% menor que o de igual período de 2000, com 11.008 unidades vendidas. No ano passado, foram vendidos 11.081 imóveis no mesmo intervalo. "O consumidor fica mais cauteloso na hora de assumir dívidas de longo prazo", afirma o diretor do Secovi, Carlos Alberto Campilongo. Com este resultado, o Secovi já projeta um total de vendas um pouco menor em 2001 na comparação com o ano anterior. Em 2000, o setor comercializou 15.026 unidades entre janeiro e dezembro. Neste ano, as projeções apontam 15 mil imóveis negociados. Velocidade de vendas O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) também reflete a queda de desempenho do setor. Em setembro, o indicador ficou em 5%, ante os 6,3% de agosto e os 8,1% de julho. O índice aponta a quantidade percentual de imóveis vendidos, sobre o estoque do período. O IVV médio do ano, até setembro, foi de 7,9%. No mesmo período de 2000, o indicador ficou em 8,7%. No mês passado, os apartamentos de dois dormitórios apresentaram o melhor desempenho, com IVV de 6%, à frente dos de dois e três quartos, com índices de 4,9% e 4,8%, respectivamente. Os imóveis de um dormitório exibiram IVV de 1,9%. Em relação à faixa de valor, os imóveis entre R$ 125 mil e R$ 250 mil apresentaram o melhor IVV: 6,6%. Em seguida, vieram os cotados até R$ 50 mil (6,5%); entre R$ 50 mil e R$ 75 mil (4,7%); entre R$ 75 mil e R$ 125 mil (4,3%); e unidades acima de R$ 250 mil (3,6%).

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