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Consumidor tem preferido manter a cautela, afirma CNC

Por Fernanda Nunes
Atualização:

O consumidor ainda não consegue perceber no seu dia a dia os efeitos das medidas do governo de incentivo à economia e por isso se mantém cauteloso, avalia o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes, ao analisar a Sondagem do Consumidor divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 1% na passagem de julho para agosto, após queda de 1,5% registrada no mês anterior. "O consumidor não está conseguindo enxergar a recuperação da economia. As medidas de estímulo não se refletiram no orçamento das famílias com toda força", afirma. Um grupo de variáveis ainda prejudica a percepção da situação atual. Ele ressalta que o nível de endividamento ainda é alto, o avanço do comércio está centrado em automóveis, o mercado de trabalho cresce sustentado pela redução da População Economicamente Ativa (PEA) e há queda de rendimentos. Fernandes acredita que a inadimplência e o endividamento das famílias irão recuar neste segundo semestre, o que explica, em sua opinião, a melhora identificada no Índice de Expectativas da pesquisa da FGV, uma alta de 0,3% em agosto, após queda de 1,9% no mês anterior.

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