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Consumidores querem economizar tempo

Mercado de vizinhança atrai clientes que fazem compras semanais e estão dispostos a pagar mais caro

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Por Márcia De Chiara
Atualização:
Maria Fernanda gasta apenas 15 minutos na loja Foto: Sérgio Castro/Estadão

Não importa se o consumidor tem mais ou menos renda. Quando ele opta por comprar alimentos ou produtos de higiene em lojas de vizinhança, está em busca de uma coisa só: economia de tempo.

A médica Maria Fernanda Guazeelli, de 40 anos, casada e sem filhos, reduziu as idas ao supermercado e ao hipermercado que aconteciam a cada 40 dias. Sua preferência agora é ir uma vez por semana à loja de vizinhança. "Aqui gasto 15 minutos; no supermercado perdia uma hora nas compras", disse.

Na quinta-feira passada, ela aproveitava a hora do almoço para fazer as compras numa loja de vizinhança de uma grande rede varejista no bairro dos Jardins, voltada para consumidores com maior poder aquisitivo. Maria Fernanda esperava gastar R$ 200 com as compras da semana.

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A poucas quadras da loja onde a médica fazia a compra semanal, o designer gráfico Michael Rodrigues, de 21 anos, também aproveitava a hora do almoço para fazer compras numa loja de vizinhança de uma grande rede varejista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Brigadeiro Luís Antônio. Boa parte dos itens vendidos na loja em que ele estava é básica ou de consumo rápido. "Aqui ganho tempo", disse o designer, que estava levando seu almoço para o escritório: um nhoque congelado para colocar no forno de micro-ondas.

Além do ganho de tempo, o designer vê outra vantagem em comprar na loja de vizinhança: gastar menos com o almoço. Ele pagou R$ 5 na massa congelada. Se fizesse uma refeição num restaurante por quilo da região desembolsaria R$ 17.

Costume.

A jornalista Juliana Franco, de 35 anos, casada e mãe de um bebê de 8 meses, contou que costuma frequentar lojas de vizinhança. "É uma mão na roda." Ela vai a esse tipo de loja a cada dois ou três dias. "A vantagem dessas lojas é a rapidez: em menos de dez minutos faço a compra", disse ela.

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Na opinião de Juliana, os preços das lojas de vizinhança não são tão diferentes dos preços dos supermercados no caso de itens industrializados. Mas quando os produtos agregam serviços, como a salada pronta para o consumo, o valor cobrado é mais alto.

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