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Consumo de energia deve repetir 2000, prevê Furnas

Por Agencia Estado
Atualização:

Furnas está prevendo que o consumo de energia elétrica nas regiões Sudeste e Centro-Oeste este ano volte ao nível de 2000. Naquele ano, foram consumidos 185 milhões de megawatts/hora. Segundo análises preliminares do Departamento de Estudos de Mercado da Superintendência de Planejamento da empresa, o consumo cresceu em torno de 5% de janeiro a junho do ano passado, mas com o racionamento, fechou o ano com queda de 9% sobre 2000 - o consumo anual ficou em 165 milhões de megawatts/hora. Os consumidores residenciais obtiveram uma queda de consumo no ano passado de 14% em relação a 2000. Na indústria, a redução foi de 7%, e no setor de serviços, de 8%. Furnas atua nas áreas de geração, transmissão e comercialização de energia elétrica e, segundo a empresa, garante o fornecimento para 49% das famílias brasileiras. Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), suas filiadas devem incorporar parte das práticas de economia de energia executadas durante o racionamento e, com isso, devem continuar poupando 7% de energia em relação ao que gastavam antes de junho do ano passado. A Firjan realizou uma consulta em 160 empresas, e 90% dos entrevistados disseram que vão continuar evitando os desperdícios na refrigeração; 75% vão manter o combater desperdícios na iluminação; 82% disseram que farão controle permanente de consumo e 36% informaram que continuaram usando equipamentos que reduzem o consumo de energia elétrica. Apesar disso, um dos autores da pesquisa, o assessor da comissão de energia da Firjan, José Octávio Knaack Campos, disse que as previsões de Furnas e da Firjan não são incompatíveis. "Em média, cada empresa deve gastar 7% menos do que gastava nas mesmas condições antes do racionamento, mas tem novas indústrias entrando no mercado e outras estão aumentando a produção. Então no conjunto o consumo pode aumentar como conseqüência do crescimento econômico", disse. Das 160 indústrias que participaram da pesquisa, 53% disseram que pretendem realizar novos investimentos, agora que o racionamento acabou. As novas aplicações serão principalmente na expansão da produção e na modernização de seus equipamentos. A CERJ, distribuidora de energia que atua em 66 municípios no interior do Estado do Rio de Janeiro, com 1,7 milhão de clientes, informou que o racionamento de energia elétrica representou um redução média no consumo em sua área de concessão de 24%. A economia ocorreu principalmente por parte dos clientes residenciais, que conseguiram poupar em média 26%. A redução de consumo de energia das empresas foi de 23%, e a indústria economizou outros 22%. Durante o período do racionamento, 5,9 milhões de contas receberam bônus, e 790 mil tiveram sobretaxa. A distribuidora efetuou 60 mil cortes de fornecimento de energia de clientes que ultrapassaram a meta de consumo por mais de duas vezes.

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