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Consumo de energia no Brasil cresce 4 vezes mais que no mundo

Por Agencia Estado
Atualização:

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu a um ritmo quatro vezes superior à média mundial e o País ocupa hoje a décima-segunda posição entre os maiores geradores de energia do mundo, conforme levantamento realizado pela empresa inglesa BP (antiga British Petroleum). A companhia faz um acompanhamento do consumo mundial de energia há 35 anos. Naquele ano, o Brasil participava com apenas 0,50% da energia elétrica disponível no mundo e desde então o País vem ganhando posição, com a participação subindo para 0,64% em 1970; 1,13% em 1980; e 1,14% em 1990. Em 2000, o País atingiu a maior participação relativa, quando passou a gerar 1,5% da energia elétrica disponível no mundo. Em termos anuais, a participação do País está crescendo a um ritmo de 4% ao ano, enquanto a média mundial é de pouco mais de 1%. A diferença a favor do Brasil já foi maior. Nos anos 70, por exemplo, ainda segundo os dados da BP, o consumo de energia no País crescia ao ritmo de 8,9% ao ano, mas esse ritmo "despencou" na década de 80, quando caiu para apenas 2,2% ao ano. Na década passada, portanto, o consumo de energia no Brasil cresceu duas vezes mais rápido do que nos dez anos anteriores, os anos 80, conhecidos como a "década perdida". Para poder comparar o parque gerador dos diversos países, a BP converte a energia gerada pelos diferentes combustíveis em barris equivalentes de petróleo. Por esse critério, o Brasil consumiu o equivalente a 132,7 milhões de barris de óleo em 2000. No mundo todo, o consumo atingiu 8,75 bilhões de barris, com os Estados Unidos respondendo por mais de um quarto de toda a energia elétrica gerada no mundo. Pelos dados da BP, a maior economia do planeta consumiu o equivalente a 2,278 bilhões de barris de óleo. O ritmo de crescimento, porém, caiu nos últimos anos e, de 1990 para 2000, o setor cresceu a uma média equivalente à metade do desempenho mundial. O segundo maior mercado do mundo é a China, mas com participação bem abaixo dos Estados Unidos, com um consumo de 752,7 milhões de barris de petróleo, ou 8,6% do total.

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