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Consumo de energia no NE supera o do Sul pela 1ª vez

Por Adriana Chiarini
Atualização:

Pela primeira vez na história, o consumo de energia elétrica residencial no acumulado de 12 meses na Região Nordeste ultrapassou o da Região Sul, menos populosa, informou hoje o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, com base em dados de maio. O executivo também comemorou que a taxa de atendimento do setor no Nordeste - o número de residências ligadas à rede elétrica dividido pelo número total de residências - também pela primeira vez praticamente se igualou à taxa nacional no ano passado. A taxa de atendimento do Nordeste foi de 95% e a nacional, de 96%, segundo a EPE. Em 2003, essa taxa era de 86% no Nordeste e de 92% no País. De acordo com Tolmasquim, as mudanças são estruturais e "têm grande significado simbólico". Segundo ele, o crescimento do consumo está relacionado à redução da pobreza no Nordeste, pela elevação do salário mínimo e pelas transferências de renda por programas sociais, principalmente o Bolsa Família. "A renda real do trabalho no Nordeste cresceu 23% entre 2002 e 2006. O aumento do salário mínimo tem um efeito muito maior sobre a renda no Nordeste do que nas outras regiões, porque lá mais gente ganha o mínimo", afirmou. Ele também citou que o Nordeste recebeu R$ 13 bilhões em transferências de renda em programas sociais do governo, bem mais que a segunda região mais beneficiada, que foi o Sudeste, com R$ 5,1 bilhões. Na análise de Tolmasquim, esses fatores e o aumento do crédito permitiram uma expansão maior no Nordeste que em outras regiões de compras de equipamentos que consomem energia, como televisor e geladeira. Outra razão apontada por Tolmasquim para o aumento do consumo de energia - e a que explica a alta da taxa de atendimento - foi o crescimento das habitações ligadas à rede elétrica.

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