PUBLICIDADE

Consumo de energia por habitante bateu recorde no País, diz IBGE

Cada brasileiro consumiu 52,9 gigajoules em 2010, maior índice desde 1992; aumento está relacionado ao desenvolvimento do País, segundo instituto

Por e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - A pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2012, divulgada nesta segunda-feira,18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o consumo brasileiro de energia per capita atingiu 52,9 gigajoules (GJ) por habitante em 2010, o maior índice desde o início da série histórica, iniciada em 1992. O recorde anterior havia sido registrado em 2008, quando foram consumidos 50 GJ por habitante.

PUBLICIDADE

Em 2009, o consumo per capita havia recuado para 48,3 GJ. Segundo o IBGE, o aumento do consumo de energia em 2010 está relacionado ao grau de desenvolvimento do País e ao crescimento do acesso a bens de consumo essenciais e a serviços de infraestrutura.

A pesquisa IDS apontou que a participação de petróleo e derivados na matriz energética do País permaneceu praticamente estável entre 2009 e 2010, com leve recuo de 37,9% para 37,6%. Foi observado um aumento de participação do gás natural, de 8,7% em 2009 para 10,8% em 2010.

De acordo com o IBGE, em 2010 a vida útil das reservas de petróleo e gás natural foi estimada em 19 anos para o petróleo e 18 anos para o gás. Para o instituto, nas próximas pesquisas podem ocorrer oscilações da vida útil do petróleo, em razão das descobertas recentes de petróleo na camada do pré-sal.

Além do petróleo e do gás natural, as fontes não-renováveis na matriz energética, que somam 54,5% do total, incluem o carvão mineral e derivados, que saltaram de 4,7% para 5,2% entre 2009 e 2010, e urânio e derivados, que ficaram estáveis em 1,4% entre os dois anos.

A pesquisa apontou ainda que, em 2010, 45,5% da energia utilizada no Brasil era oriunda de fontes renováveis. A participação das principais fontes renováveis no total da oferta de energia apresentou leve recuo entre 2009 e 2010: derivados de cana-de-açúcar caíram de 18,2% para 17,8%; hidráulica, de 15,2% para 14%; e lenha e carvão vegetal, de 10,1% para 9,7%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.