PUBLICIDADE

Publicidade

Consumo de gás de cozinha cresce 5% no ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, começa a reagir à estagnação econômica do ano passado e cresceu em torno de 5% este ano, segundo dados do setor. A avaliação de executivos é que a indústria está consumindo mais e que a população também vem reavendo os hábitos de consumo, apesar de o preço do combustível ter subido em algumas regiões, por causa de mudanças na tributação. As distribuidoras, porém, reclamam da baixa margem de lucro e encomendaram um estudo à consultoria Trevisan para embasar uma pressão sobre o governo por mudanças no setor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o consumo de GLP cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2004. Pelos cálculos do Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), a tendência de aumento no consumo se mantém e, nos quatro primeiros meses do ano, a alta já chega perto dos 5%. Durante todo o ano, estima-se uma alta de 2,5% em relação a 2003. Mesmo se a expectativa se confirmar, o consumo nacional de GLP este ano ainda será menor que o registrado em 1997. O presidente do Sindigás, Lauro Cotta, disse que o estudo da Trevisan aponta um prejuízo para as distribuidoras de R$ 0,59 por botijão, devido à combinação de alto custo fixo com redução das vendas. O objetivo da entidade é reverter a imagem de que o preço do gás não é mais baixo devido à grande concentração no etapa da distribuição, que conta hoje com 13 empresas. ?O governo vê o setor com grande poder de mercado. Nós não vemos assim e queremos apresentar propostas para a redução do preço?, afirmou. O preço do botijão gira em torno de R$ 30. O preço do gás, nas refinarias, está congelado desde dezembro de 2002, depois de um ano em que subiu 107,8%. A alta foi provocada pelo fim dos subsídios, no início do ano, e pela disparada dos preços internacionais e do câmbio no período pré-eleitoral. O aumento dos subsídios, hoje em R$ 7,50 por botijão, é uma das propostas do Sindigás para reduzir o preço para as camadas mais pobres da população.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.