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Conta corrente tem superávit recorde em julho

Segundo o Banco Central, foram US$ 3,043 bilhões, contra US$ 2,566 bilhões do mesmo período do ano passado

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil teve em julho superávit em conta corrente de US$ 3,043 bilhões, valor que, segundo o Banco Central, é recorde da série histórica iniciada em 1947. O resultado ficou acima da projeção do BC, que era de US$ 2,4 bilhões, e próximo ao teto das previsões do mercado, que variavam de US$ 2 bilhões a US$ 3,2 bilhões. Em julho de 2005, o superávit em conta corrente foi de US$ 2,566 bilhões. De janeiro a julho, o superávit na conta corrente soma US$ 6,130 bilhões, o equivalente a 1,18% do Produto Interno Bruto (PIB), ante US$ 7,825 bilhões (1,71% do PIB) nos sete primeiros meses do ano passado. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, a conta corrente acumula superávit de US$ 12,498 bilhões que correspondem a 1,45% do PIB. O Banco Central revisou para cima a projeção para o superávit na conta corrente do balanço de pagamentos neste ano, que passou de US$ 7,8 bilhões para US$ 8,8 bilhões. A mudança decorreu da revisão para baixo do déficit na conta de serviços e rendas, que passou de US$ 35,1 bilhões para US$ 34,1 bilhões no ano, e isto aconteceu diante da estimativa de menor pagamento de juros em 2006, que passou de US$ 12,5 bilhões para US$ 11,5 bilhões. O BC aumentou também a projeção para as amortizações de médio e longo prazo, que passou de US$ 35,7 bilhões para US$ 36,3 bilhões neste ano. IED O investimento estrangeiro direto (IED) no País em julho somou US$ 1,587 bilhões, resultado que ficou dentro da previsão do Banco Central. Em julho do ano passado, o IED foi de US$ 2,029 bilhões. De janeiro a julho o fluxo ficou em US$ 8,973 bilhões, o equivalente a 1,72% do PIB do período. Nos sete primeiros meses do ano passado, o fluxo totalizou US$ 10,543 bilhões (2,30% do PIB). No período acumulado dos últimos doze meses encerrados em julho, foi de US$ 13,496 bilhões, cerca de 1,57% do PIB. Fluxo cambial No mês de julho, o BC comprou US$ 4,4 bilhões, valor superior ao fluxo cambial do mês, de US$ 2,492 bilhões. No período de janeiro a julho, comprou em mercado US$ 18,9 bilhões e em igual período do ano passado, tinha comprado em mercado US$ 10,2 bilhões. Ao mesmo tempo, o BC elevou sua projeção de reservas internacionais para o fim do ano de US$ 65,436 bilhões para US$ 70,160 bilhões. E também informou que o Tesouro Nacional já liquidou em mercado US$ 9,947 bilhões em pagamento de compromissos da dívida externa no período de janeiro a julho. A projeção é de que o Tesouro faça até o final do ano liquidações deste tipo de US$ 12,298 bilhões, faltando portanto US$ 2,351 bilhões para a meta ser alcançada. Remessas de lucros e dividendos As remessas de lucros e dividendos em julho somaram US$ 864 milhões. O resultado é 26,87% maior do que o apurado em julho do ano passado, quando a conta havia totalizado US$ 681 milhões. Em junho, as remessas somaram US$ 1,629 bilhão. Já de janeiro a julho, totalizaram US$ 9,714 bilhões, com crescimento de 42,87% em relação aos US$ 6,799 bilhões de igual período de 2005. As despesas com juros em julho totalizaram US$ 1,092 bilhão, 21,83% abaixo do US$ 1,397 bilhão do sétimo mês de 2005 e 9,45% menor do que o US$ 1,206 bilhão de junho deste ano. De janeiro a julho, as despesas com juros somaram US$ 6,901 bilhões, abaixo dos US$ 7,940 bilhões dos sete primeiros meses do ano passado. Dívida externa A dívida externa brasileira caiu em julho para US$ 156,495 bilhões. O resultado ficou ligeiramente abaixo dos US$ 156,720 bilhões projetados pelo BC para o mês de junho, e US$ 10,157 bilhões abaixo da posição de março (a última posição fechada registrada pela autoridade monetária).

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