Contadora abriu cafeteria depois de ser demitida

Perder o emprego após voltar da licença maternidade deixou Andréia de Almeida Felice 'sem rumo' e ela optou por empreender; agora vai abrir outra loja

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Por Márcia De Chiara
2 min de leitura

Enquanto o País oscilava entre recessão e baixo crescimento, algumas pessoas conseguiram contornar o desemprego. A contadora Andréia de Almeida Felice, de 45 anos, casada e mãe de dois filhos, não se arrepende de ter aberto o próprio negócio em 2015, durante a crise. Na época, ela lembra que a sua mãe foi contra o projeto de ter uma franquia de cafeteria e achou uma “loucura” aplicar as economias no empreendimento. “Foi um risco que agradeço muito porque, graças a Deus, deu muito certo”, afirma.

Contadora, abriu uma franquiade cafeteria após ser demitida. Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

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A mudança de ramo não foi por acaso. Ela veio com fim de um emprego de 15 anos, que ocorreu por conta da crise. Andréia trabalhava como contadora de um escritório multinacional de advocacia. Quando voltou da licença maternidade da filha, hoje com 6 anos, foi surpreendida com a dispensa. “Fui demitida no começo de 2014, quando estava pintando a crise. Daí fiquei sem rumo.”

Pelo longo tempo de casa, Andréia recebia um salário razoável, mas também trabalhava muito. “Tinha horário para entrar, mas não para sair”, diz. Uma vez por mês trabalhava aos sábados e não era raro gastar cerca de três horas, de carro, no deslocamento de casa em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, até o trabalho, na capital paulista.

Depois da demissão, começou a fazer bicos como fotógrafa e viu sua renda cair 70%. Daí foi atrás de abrir o próprio negócio. Na época, teve conhecimento de franquia Sterna Café, que atuava em prédios comerciais, só de segunda a sexta.

Andréia identificou a oportunidade de abrir uma loja dentro da sede da CVC, em Santo André, a seis quadras da sua casa. Ela investiu R$ 150 mil na cafeteria que desde a abertura o faturamento não para de crescer. “Vendo 4 mil salgados por mês, além de refeições”, conta.

Em um ano, conseguiu recuperar o investimento. A renda com a cafeteria é de 30% a 40% maior do que na época que era funcionária. No momento, a ex-contadora está pronta para abrir a segunda cafeteria, com recursos próprios.

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