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Contas do governo central têm déficit de R$ 25 bi em fevereiro

É o maior rombo para o mês desde o início da série histórica, em 1997; receitas tiveram queda real (descontada a inflação) de 11,4% ante mesmo mês do ano passado e as despesas, alta de 8%

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast) e Victor Martins
Atualização:
 Foto: Rafael Neddermeyeri/Fotos públicas

Com a atividade econômica e o pagamento de tributos em queda, o governo central registrou em fevereiro um resultado deficitário de R$ 25,070 bilhões, o pior desempenho para meses de fevereiro da série histórica, que tem início em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. 

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Com isso, o resultado primário no primeiro bimestre foi deficitário em R$ 10,273 bilhões, também o pior registrado na série histórica. Até agora, apenas no ano de 1997 houve déficit primário no primeiro bimestre, de R$ 329 milhões. 

No primeiro bimestre do ano passado, o primário acumulava superávit de R$ 2,989 bilhões. Em 12 meses, o governo central apresenta déficit de R$ 131,85 bilhões - o equivalente a -2,22% do PIB. 

Com dificuldades de cortar despesas e com a arrecadação em queda, o governo enviou ao Congresso Nacional na semana passada um projeto de lei reduzindo a meta de superávit do governo central de R$ 24 bilhões para R$ 2,8 bilhões e permitindo uma série de abatimentos que, na prática, podem resultar em um déficit primário de R$ 96,6 bilhões neste ano, o que será o terceiro resultado negativo seguido. 

 

Receitas. O resultado de fevereiro representa uma queda real de 11,4% nas receitas em relação a fevereiro do ano passado. As despesas tiveram alta real de 8%.

Até fevereiro, as receitas do governo central recuaram 3,8% e as despesas aumentaram 5,7%.

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O déficit em fevereiro foi maior do que as expectativas do mercado financeiro - levantamento realizado pelo AE Projeções com 20 instituições mostrou um intervalo das expectativas de um déficit entre R$ 3,400 bilhões a R$ 20,390 bilhões, com mediana negativa em R$ 14 bilhões.

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