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Contas do governo central têm déficit recorde em julho

Déficit primário de R$ 2,2 bilhões é o terceiro resultado negativo seguido e o menor desempenho para o mês em 17 anos

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Por Laís Alegretti e Adriana Fernandes
Atualização:

Apesar da promessa do governo de melhorar o resultado fiscal, as contas do governo central encerraram julho com um déficit recorde de R$ 2,196 bilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. É o terceiro mês consecutivo que o governo central registra um resultado negativo. O resultado, que engloba o desempenho das contas do Tesouro, INSS e Banco Central, representa o menor desempenho para o mês da série histórica do governo, que começa em 1997. Em meses de julho, o governo central só havia registrado resultados negativos em 1998 e 1997, mas nenhum deles chegou à casa dos bilhões, como ocorreu no mês passado. O resultado do governo central ficou dentro do intervalo das expectativas de mercado.

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O Tesouro registrou em julho um superávit de R$ 2,944 bilhões e a Previdência, um déficit de R$ 4,995 bilhões. Já as contas do BC tiveram um superávit primário de R$ 146 milhões.

No acumulado de janeiro a julho de 2014, o superávit soma R$ 15,230 bilhões, o equivalente a 0,52% do PIB. A queda é de 60,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o superávit acumulava R$ 38,316 bilhões.

Segundo os dados, o Tesouro apresenta um superávit de R$ 43,350 bilhões no acumulado do ano. Já as contas da Previdência registram um déficit de R$ 28,160 bilhões e o BC acumula um saldo positivo de R$ 39,3 milhões. De janeiro a julho, enquanto as despesas registraram alta de 10,5%, as receitas avançaram 6,8%.

Em 12 meses até julho, o superávit do governo central está em R$ 53,9 bilhões, o equivalente a 1,1% do PIB.

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