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Contas externas têm déficit de US$ 3,8 bilhões em janeiro

Nos doze meses acumulados até janeiro, a conta corrente acumula déficit de US$ 25,412 bilhões, o equivalente a 1,56% do PIB

Por Fabio Graner , Fernando Nagakawa e da Agência Estado
Atualização:

O mês de janeiro terminou com déficit em transações correntes de US$ 3,841 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Banco Central. O resultado ficou dentro do esperado pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que previam déficit entre US$ 3,1 bilhões e US$ 5,7 bilhões. O déficit de janeiro, porém, foi menor do que a mediana projetada pelos analistas, que era de déficit de US$ 4,5 bilhões. Nos doze meses acumulados até janeiro, a conta corrente acumula déficit de US$ 25,412 bilhões, o equivalente a 1,56% do PIB.

 

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Segundo o BC, o déficit do mês passado foi resultante, principalmente, da conta de serviços e rendas, que amargou resultado negativo de US$ 3,952 bilhões. Houve ainda déficit US$ 166 milhões na balança comercial e as transferências unilaterais correntes acumularam ingresso líquido de US$ 278 milhões.

 

As remessas de lucros e dividendos somaram, em janeiro, US$ 821 milhões, de acordo com dados do BC. Em janeiro de 2009, as remessa somaram US$ 698 milhões.Já as despesas com juros foram bem maiores em janeiro, somando US$ 1,903 bilhão, ante US$ 1,347 bilhão em janeiro do ano passado.

 

A taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazos ficou em 527% em janeiro, segundo dados do Banco Central. O resultado é muito superior ao observado em janeiro de 2009, quando 50% das operações foram renovadas. A elevada taxa de rolagem do mês passado foi liderada pelas operações em papéis como os bônus corporativos e commercial papers, cuja taxa de renovação ficou 594%. Nos empréstimos diretos, a rolagem ficou em 427%.

 

O BC também informou a estimativa da dívida externa total do Brasil, que ficou em US$ 200,879 bilhões. Em dezembro, o valor estava em US$ 202,329 bilhões. Segundo o BC, a maior parcela da dívida do mês passado era as de vencimento em médio e longo prazos, que somavam US$ 173,109 bilhões. A parcela de curto prazo respondia por US$ 27,770 bilhões.

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