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Contato com investidores europeus foi bom, diz Meirelles

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez à Agência Estado um relato positivo sobre seus contatos com investidores nesta semana na Europa. Meirelles, que fez palestras em Londres, Berlim e, hoje, Sevilha, disse que o contato foi "muito bom". Os investidores estão muito bem impressionados, disse o presidente do BC, com os avanços econômicos do País. Meirelles destacou especialmente o superávit primário, além do combate à inflação, com busca de um crescimento sólido, e o "foco social" das ações do governo como aspectos bem avaliados no exterior, além do avanço na reforma da Previdência. Segundo Meirelles, tem havido aumento do fluxo de investimentos para fundos de países emergentes e o Brasil tem sido o destino preferido destes recursos. Carta aberta previu queda da inflação até 2005 Henrique Meirelles fez referência hoje à inflação prevista até 2005 como um dado importante para a política do BC. Ele disse que a carta aberta do BC e da Fazenda do início deste ano previa uma trajetória de queda do que ele chamou de "meta da inflação" até 2005. "Estamos olhando esta trajetória", afirmou. Perguntado sobre se o juro cairá quando a inflação convergir para esta trajetória, o presidente do BC respondeu que apenas "quando esta trajetória for consistente". Ele reiterou a necessidade de cautela. "É preciso não achar que um mês especificamente já define o que está na trajetória", afirmou. Quanto aos últimos leilões de swap cambial, Meirelles não quis confirmar se houve uma intenção deliberada do BC de não sinalizar ao mercado que as rolagens seriam determinadas de acordo com o nível da taxa de câmbio. Contudo, ele reafirmou que "não existe piso nem teto para o câmbio". Rumor de emissão O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se negou a comentar os rumores de que o Brasil faria proximamente uma emissão soberana. Segundo apurou a Agência Estado junto a analistas do mercado, uma emissão, não só em dólares mas também em euros ou ienes, que tenha identificado potenciais compradores entre grandes instituições norte-americanas, chamados high-quality institucional investors, tem de ser registrada na Secutiry and Exchange Comission (SEC) pelo regulamento 144-A. Ou seja, uma emissão em euros liderada por norte-americanos por meio de suas filiais off-shore terá de ser registrada na SEC para ser repassada aos fundos dos EUA. Toda informação referente a uma emissão é confidencial e sua divulgação pelo emitente ou quaisquer dos envolvidos é considerado crime de utilização de informação privilegiada (inside information).

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