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Convênio entre órgãos do governo vai investigar cartéis

Por Agencia Estado
Atualização:

A investigação de cartéis no País ganhou mais um reforço. O governo federal assinou no final da tarde desta quarta-feira um convênio de cooperação entre os ministérios da Justiça e da Fazenda com os ministérios públicos estaduais para ampliar o trabalho de troca de informações nas investigações de cartéis. Para o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Cláudio Considera, a própria divulgação da assinatura do convênio já terá um efeito inibidor sobre as empresas. Além disso, o secretário acredita que a cooperação entre os diversos órgãos trará mais eficiência para as investigações. A secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Elisa Silva Ribeiro, ressaltou que o convênio além de formalizar a troca de informações com os ministérios públicos poderá ?ampliar? a parceria. ?Essa cooperação hoje já é bem sucedida e o que se pretende com esse convênio é ampliar essa parceria de sucesso?, disse. A solenidade de assinatura do convênio contou com a participação, além de Considera e Ribeiro, do ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro, do presidente do Colégio de Procuradores-gerais de Justiça, Nedens Vieira, e de procuradores de 25 Estados brasileiros. O ministro da Justiça acredita que o maior beneficiado com o acordo será o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável pelos julgamentos de cartéis no País. ?O convênio é de absoluta e fundamental importância para o desenvolvimento da defesa da concorrência e do consumidor?, ressaltou. Ribeiro disse ainda que já está em andamento convênio semelhante a ser assinado com o Ministério Público Federal. Para o procurador Nedens Vieira, o problema dos cartéis só poderá ser solucionado com o trabalho conjunto dos diversos órgãos que atuam no combate de ações criminosas. ?Estamos formando um outro cartel; um cartel da sociedade, das instituições, da República; um cartel popular, democrático e legal de combate a essas ações criminosas?, salientou.

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