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Cooperativas de crédito terão fundo garantidor

Por Eduardo Cucolo , Ricardo Leopoldo , ENVIADOS ESPECIAIS e PORTO ALEGRE
Atualização:

As cooperativas de crédito vão contar, a partir do próximo ano, com um fundo garantidor de depósitos, que servirá também para ajudar as instituições em dificuldades financeiras. O Banco Central divulgou ontem as regras do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). A entidade terá o mesmo formato da instituição criada em 1995 para garantir os depósitos dos correntistas de bancos, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A cobertura oferecida para os depósitos será de R$ 70 mil por pessoa, o mesmo valor do seguro existente para os clientes de bancos. Hoje, há 6 milhões de pessoas que fazem parte dessas instituições, que representam pouco mais de 2% dos ativos totais do sistema financeiro. O novo fundo deve contar, inicialmente, com até R$ 400 milhões e entrar em operação até a metade do próximo ano. A maior parte desse dinheiro virá dos cerca de dez fundos garantidores que foram criados ao longo dos anos por entidades que reúnem cooperativas, que devem entrar com R$ 300 milhões. Também haverá recursos de taxas referentes a cheques sem fundos, que, pela legislação, são destinadas aos fundos garantidores. As cooperativas também vão contribuir com um porcentual mensal, como já fazem os bancos, algo equivalente a 0,15% ao ano sobre os valores segurados. O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Sidnei Correa Marques, afirmou que a criação do fundo já estava prevista na lei desde 2009 e não está relacionada à saúde financeira dessas entidades. As cooperativas têm hoje capital correspondente a 27% dos seus empréstimos, acima dos 17% dos bancos e do mínimo de 11% exigido pelo Banco Central.

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