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Coordenador do programa de Lula defende controle de preço dos combustíveis

Por Agencia Estado
Atualização:

O controle de preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e dos combustíveis em geral foi defendido pelo diretor da Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Pinguelli Rosa, que também coordena o programa de energia do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o fato de o governo estar sinalizando com a possibilidade de controlar os preços dos combustíveis "tem que ser louvado". "Finalmente o governo reconheceu que, com a atual distribuição de renda totalmente desigual, não há como deixar os preços liberados", disse. Para Pinguelli, entretanto, o controle tem que "ir além do preço do GLP", que vem sendo priorizado pelo governo. "Deverá haver também um controle no preço dos combustíveis, para garantir que a empresa distribuidora não repasse o valor subsidiado do GLP para sua margem de ganho na gasolina." Além disso, diz Pinguelli, o governo tem também que controlar as importações dos combustíveis para evitar que o produto importado acabe sendo mais barato do que o produzido aqui, por conta do repasse da compensação do GLP para a gasolina. Pinguelli não acredita que o volume de investimentos na produção de gás e petróleo no País fique comprometida pelo controle dos preços estabelecido pelo governo. "Os investidores são muito manhosos. A atividade de exploração e produção é rentável e esses investidores têm que deixar esta manha de lado, parando de querer obter no Brasil retorno que não têm nem mesmo em seus países de origem", afirmou Pinguelli, em entrevista após participar do 2º Fórum de Energia Limpa, no Rio. Em sua palestra, Pinguelli defendeu ainda uma "rediscussão" de preços do gás natural com a Bolívia, frente à recente alta do dólar ante o real e criticou a existência dos botijões de GLP. "No programa de governo do PT prevemos a reavaliação desta prática burra, que é transportar o GLP em botijões, sendo que o ideal, já adotado em outros países, é criar condições para a distribuição direta do gás encanado às residências."

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