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Copel estuda disputar leilão da Cesp, apesar do edital

Edital de venda proíbe participação de estatais. Copel pode entrar na Justiça para participar do leilão

Por Sandra Hahn e da Agência Estado
Atualização:

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) reiterou nesta terça-feira, 26, que continuará avaliando a viabilidade e o eventual interesse em disputar o leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), embora o edital de venda proíba a participação de estatais no processo. O edital de venda, divulgado na segunda-feira, confirmou a limitação às estatais "na qualidade de acionista detentor, isoladamente, da maioria do capital votante, direto ou indireto, de participante".   Veja também:  SP veta estatais no leilão da Cesp. Cemig pode reagir O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, avaliou, por meio de nota, que o veto não foi surpresa e não modifica a avaliação em andamento. "A Copel foi autorizada pelo governador Roberto Requião a estudar a conveniência de participar do leilão, e esse trabalho irá prosseguir normalmente", comentou. O executivo viajou esta tarde para Brasília para compromissos que terá amanhã. Ele reafirmou a possibilidade de a Copel ingressar na Justiça para tentar disputar o leilão, mas isso dependerá do resultado da avaliação sobre a Cesp. "Caso os estudos concluam que disputar o leilão da Cesp pode representar um bom negócio, iremos à Justiça para defender o que acreditamos ser nosso direito", afirmou Ghilardi. A empresa não detalhou que tipo de medida poderia ser usada. A Copel disse que uma das questões sob análise é o prazo de amortização do investimento a ser feito, considerado muito curto pela estatal. "O prazo de concessão das duas principais hidrelétricas da Cesp, que concentram 60% da capacidade de produção da empresa, termina em 2015 e limita bastante o prazo para recuperar o investimento que, aliás, não será pequeno", acrescentou Ghilardi. "Conforme o edital, o preço mínimo da Cesp, de R$ 6,6 bilhões, é bastante alto e, a julgar por estimativas noticiadas pela imprensa, não deverá proporcionar retorno aos investidores, a não ser em prazos que ultrapassam em muito o período da concessão outorgada pela Aneel", afirmou o executivo.

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