24 de março de 2012 | 03h04
Na joint venture, a Copersucar seria a fornecedora de etanol para a produção do composto químico para a fabricação da garrafa PET. Com 48 usinas associadas, a expectativa é de que a Copersucar comercialize, na safra 2012/13, que começa em abril, cerca de 4,5 bilhões de litros de etanol. Para a Braskem, a joint venture representaria o retorno da petroquímica ao mercado de PET. No final de 2008, a companhia oficializou o fim das operações de uma unidade de PET localizada em Camaçari (BA).
Segundo fontes do mercado, a joint venture já deveria ter sido formalizada em 2011, mas a valorização cambial e a forte alta dos preços do etanol no mercado interno fizeram com que as duas empresas colocassem o pé no freio. As fontes disseram que, enquanto o preço do etanol girava em torno de R$ 0,60 por litro no início das negociações, o valor atingiu R$ 1,20 por litro quando as empresas decidiram rever sua estratégia. Os estudos continuam, contudo.
Procuradas, Copersucar e Braskem disseram que não comentam rumores de mercado. Já a Coca-Cola informou que a produção no Brasil de uma matéria-prima para garrafas PET já está em análise pela The Coca-Cola Company. "Entretanto, ainda não temos um acordo firmado ou prazo definido para início da produção local", afirmou a companhia, em nota.
Prioridade. Se concretizada, a joint venture será a entrada da Copersucar no setor de especialidades químicas de etanol. Em seu prospecto de abertura de capital, divulgado em 2011, a entrada no setor de "produção de insumos químicos para a indústria de transformação", com prioridade para o "plástico verde", já era considerada prioridade.
A expectativa da empresa é de que, com investimentos de R$ 2 bilhões em logística, o custo de transporte do etanol até os consumidores seja reduzido, transformando-se em um diferencial competitivo. A Copersucar é sócia da Lógum, que constrói o alcoolduto que ligará o centro-sul do Brasil a centros consumidores do Sudeste e aos portos. / EDUARDO MAGOSSI e A. M.
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